Lisboa/Núncio Apostólico: “Um mundo cada vez mais justo, fraterno e solidário"
Domingos Pinto - Lisboa
O decano do Corpo Diplomático em Portugal espera que 2019 seja “um bom Ano Novo, repleto de bênçãos, saúde, prosperidade, serenidade e paz para todos”.
Votos deixados por D. Rino Passigato no passado dia 14 no Palácio Nacional da Ajuda em Lisboa na cerimónia de apresentação de cumprimentos de Ano Novo ao Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, uma sessão que contou com a presença de 105 chefes de missão, vindos de 99 países.
O prelado, que discursou antes do Chefe de Estado Português, falou num contexto internacional marcado por “profundas incompreensões, incapacidade de diálogo e tensões perigosas”.
D. Rino Passigato destacou a importância de “construir juntos um mundo cada vez mais justo, fraterno e solidário, na base de princípios e valores partilhados”, como “a dignidade da pessoa humana e o respeito dos seus direitos, a promoção do bem comum e do desenvolvimento dos povos, a cooperação solidária”.
Em relação a Portugal, o arcebispo italiano afirmou que os representantes diplomáticos no país vão acompanhar o “ano político” de 2019, “típico de eleições”, com confiança na “maturidade” democrática da sociedade.
Neste contexto, D. Rino Passigato disse que é fundamental “superar dificuldades” e “garantir ao povo bem-estar económico, saúde, educação, cultura, paz social e um lugar de prestígio no concerto das nações”.
Por sua vez o Presidente da República começou o seu discurso com um agradecimento ao núncio e a manifestar esperança no que chamou “uma boa notícia” para Portugal na Jornada Mundial da Juventude, no Panamá, onde se espera o anúncio da realização do próximo encontro dos jovens com o papa que poderá ser em Lisboa em 2022, uma vez que a diocese portuguesa é uma das candidatas.
Em relação a Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que o ano eleitoral não mudará em nada a política externa do país e elogiou a estabilidade governativa, o combate ao desemprego e o crescimento económico.
O Chefe de Estado sublinhou que a saída da crise e o desempenho orçamental “superaram expectativas”, mas também lamentou que não seja dada atenção suficiente às questões demográficas e a consensos explícitos de regime.
Na sua intervenção, o Presidente traçou sobretudo o retrato de um país confiável, que é uma “referência internacional”, que respeita as suas alianças e os seus compromissos.
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