Papa Francisco “é um profeta para todo o mundo”
Domingos Pinto – Lisboa
“A sua autenticidade, o seu exemplo, a sua coragem, são, de facto, valores que todo o mundo aprecia”.
É desta forma que o padre José Aníbal Mendonça, provincial dos salesianos portugueses destaca ao portal da Santa Sé o pontificado do Papa Francisco, “um profeta para todo o mundo”.
Declarações à margem do Capítulo da Província Portuguesa da Sociedade Salesiana que decorreu nos dias 27 e 28 de dezembro do último ano, a primeira de duas sessões tendo em vista a preparação do Capítulo Geral dos Salesianos previsto para o ano de 2020.
“Que salesianos para os jovens de hoje”, é o tema que mobiliza os salesianos nesta reflexão, “um espaço de atualização, de estar a par dos tempos”, diz o padre Aníbal Mendonça que considera que no mundo atual e na realidade juvenil, “um dos principais problemas é a família”.
“A família, hoje em dia, muita vezes, não dá condições para que os jovens se possam desenvolver de uma forma harmónica, serena, segura, e depois vê-se toda esta problemática relacionada com o sentido da vida, com a solidão”, precisa o sacerdote, que entende que o problema passa pela “capacidade de dar sentido à sua própria vida, de lutar por um ideal, de se deixar orientar por valores”.
Para o provincial dos salesianos portugueses, a juventude também “está cheia de valores, cheia de potencialidades” que importa realçar, pois “os jovens são criativos, audazes, empenham-se no ambiente social, «dão o litro» por causa de valores”.
Ainda nesta entrevista ao portal da Santa Sé, o padre Aníbal Mendonça manifesta a sua preocupação em relação à educação em Portugal, em especial com os cortes nos chamados Contratos de Associação que atingem o ensino particular e a escola católica, e que levou mesmo ao fecho de muitos colégios, como aconteceu com uma instituição de ensino salesiana no norte do país.
Para o sacerdote, a escola católica está “posta em causa por esta política e por esta tendência em impedir que as instituições particulares possam prestar um serviço público gratuito”, ou seja, “aqui há uma perspetiva que não respeita o bem das pessoas, das famílias, dos jovens”, conclui o provincial dos salesianos portugueses.
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