Jovens: após o Sínodo, a JMJ do Panamá e um Fórum no Vaticano
Rui Saraiva – Porto
Estamos a poucos dias do início de mais umas Jornadas Mundiais da Juventude. O cenário será o Panamá. Na sua intenção de oração para este mês de janeiro, o Papa Francisco dirige-se em particular aos jovens pedindo-lhes as suas orações.
Numa organização da Rede Mundial de Oração do Papa, no seu primeiro vídeo do ano o Santo Padre diz aos jovens para aproveitarem “a JMJ no Panamá para contemplar Cristo com Maria. Cada um no seu idioma, rezemos o Terço pela paz” – afirma o Papa.
Francisco incentiva os jovens a serem fiéis ao chamamento de Jesus, superando todo o tipo de diferença cultural, económica ou social. Na sua intenção de oração para este mês de janeiro o Papa convida cada pessoa a rezar na sua própria língua, especialmente, pelos jovens da América Latina.
E é com esta intenção de oração do Papa que se contam os minutos para o início das Jornadas Mundiais da Juventude de 2019 que terão lugar no Panamá de 22 a 27 de janeiro.
Recordemos que na origem das JMJ esteve o Ano Santo da Redenção celebrado em 1983-1984. No Domingo de Ramos de 1984, o Papa João Paulo II entregou aos jovens na Praça de S. Pedro no Vaticano, uma cruz de madeira, que se tornou a cruz peregrina das JMJ.
A partir daí as JMJ tornaram-se num momento essencial para os jovens católicos, uma proposta muito forte com um método simples estruturado em três dimensões: missão, catequese e o encontro com o Papa. Na semana das JMJ os jovens participam em encontros culturais, reúnem-se para as catequeses e celebram com o Papa.
Neste ano de 2019, estas Jornadas Mundiais da Juventude são um primeiro momento de encontro global dos jovens após o Sínodo dos Bispos que lhes foi dedicado em outubro de 2018. Um Sínodo que reforçou a necessidade de continuar a caminhar com os jovens aplicando e implementando as conclusões da Assembleia Sinodal.
Tal como prevê a Constituição Apostólica do Papa Francisco “Episcopalis Communio” o papel do Sínodo dos Bispos é reforçado regulando que, para além de um momento preparatório e outro celebrativo, o Sínodo dos Bispos deve ter uma fase de implementação da Assembleia Sinodal. Ou seja, um momento para a realização das conclusões.
Neste sentido, o Dicastério para os Leigos, Família e Vida decidiu convocar um Fórum Internacional de Juventude que terá lugar no Vaticano de 18 a 22 de junho deste ano de 2019. Um espaço de discernimento comunitário mantendo o estilo missionário sinodal.
A Rádio Vaticano conversou com padre Alexandre Awi, Secretário do Dicastério para os Leigos, Família e Vida que disse ser este Fórum um espaço para tratar da aplicação das conclusões do Sínodo. Um meio para “manter vivo” o tema da juventude como uma grande preocupação da Igreja.
Um Fórum também com o objetivo da criação de um corpo representativo dos jovens a nível internacional.
O padre brasileiro Alexandre Awi informou que participarão neste Fórum de Juventude delegados das Conferências Episcopais e dos principais movimentos e comunidades eclesiais com grande difusão internacional.
O Documento final do Sínodo é “muito bom” – salienta o Secretário do Dicastério para os Leigos, Família e Vida – mas para este Fórum de Juventude existe a expectativa de que o Papa Francisco publique, entretanto, uma Exortação pós-sinodal.
Após o Sínodo dos Bispos que lhes foi dedicado, os jovens vão viver intensamente as Jornadas Mundiais da Juventude do Panamá neste mês de janeiro e em junho reúnem-se em Fórum Internacional no Vaticano.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui