A solidariedade do episcopado mexicano aos bispos venezuelanos
Jackson Erpen – Cidade do Vaticano
“Sabemos da situação dramática e de extrema gravidade que vive seu povo, pela deterioração do respeito aos seus direitos e de sua qualidade de vida, mergulhado em uma crescente pobreza, sentindo-se em não ter a quem acudir.”
É o que diz a mensagem dirigida aos bispos venezuelanos assinada pelo arcebispo de Monterrey Dom Rogelio Cabrera López e pelo bispo auxiliar Dom Alfonso G. Miranda Guardiola, respectivamente presidente e secretário da Conferência Episcopal Mexicana.
Os prelados reiteram que “a Igreja tem um único sentimento diante da defesa da dignidade humana, o respeito e a custódia de seus direitos universais, fundamentalmente a vida, a liberdade e a justiça”, motivo pelo qual se solidarizam com “os irmãos bispos da Venezuela, que denunciam e lamentam a deterioração da vida democrática em seu país”.
“Muito sangue já foi derramado pela defesa de suas liberdades” - recorda os bispos na mensagem - que louvam o “esmerado serviço” dos bispos venezuelanos “à reconciliação de sua sociedade e sua voz profética clamando pelo justo bem-estar justo para o seu povo”, e exortando “a assumir o clamor popular de uma mudança, de um acordo para uma transição esperada e buscada pela grande maioria".
Os bispos mexicanos expressam sua “proximidade na oração, visto que ela nos sustenta em nossas labutas e dificuldades” e a solidariedade na caridade, “oferecendo oportunamente da parte de nossas comunidades católicas o apoio para suas necessidades”.
Por fim, rezam ao Senhor, “para que abençoe e acompanhe o seu amado país” e pedem a intercessão de “Nossa Senhora de Guadalupe, Imperatriz da América, para o rápido restabelecimento da clima social, para que em Cristo nossa paz, o povo venezuelano tenha uma vida digna.”
Prisão de jornalistas
Quatro funcionários da agência espanhola EFe foram presos em Caracas por forças de segurança venezuelanas. Trata-se do jornalista espanhol Gonzalo Dominguez Loeda, da jornalista colombiana Mauren Barriga Vargas – do fotógrafo colombiano Leonardo Mu¤oz e do motorista venezuelano José Salas. Dois jornalistas franceses também foram presos por 24 horas e dois jornalistas chilenos, após ficarem presos por algumas horas, foram expulsos do país.
Os últimos protestos contra o governo de Nicolás Maduro deixaram mais de 40 mortos e 850 detidos, segundo a ONU.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui