Marrocos espera o Papa: fé vivida na alegria e na abertura
Cidade do Vaticano
Num cenário caracterizado por pobreza e imigração na cidade de Fés, no Marrocos, “há anos levamos adiante, junto aos cerca de 450 estudantes universitários que fazem parte de nossa comunidade católica, muitas iniciativas que tornam a nossa paróquia um lugar dinâmico de fé vivida na alegria e na abertura.
Foi o que disse à agência missionária Fides o sacerdote da Sociedade para as Missões Africanas, Pe. Matteo Revelli, pároco da igreja de São Francisco de Assis em Fés. A comunidade católica espera com alegria a iminente visita do Papa Francisco ao país do noroeste da África (30-31 de março) e atua a nível social no espírito de abertura, caridade e misericórdia incondicionada, observa o religioso.
Migrantes acampados em tendas improvisadas
“Este ano – continua o sacerdote – fiz um esforço particular a fim de que os estudantes pudessem se abrir a aproximar-se pessoalmente dos numerosos migrantes de Fés. Até julho passado quase mil deles se encontravam acampados em tendas improvisadas, num terreno abandonado, próximo da estação ferroviária da cidade. Sem água nem luz.”
“Repentinamente foram obrigados a abandonar este lugar e se estabeleceram em alguns bairros populares da cidade, onde têm um teto, um pouco de água e um mínimo de corrente elétrica. São todos serviços que é preciso pagar, mesmo porque não é mais permitido ganhar a vida pedindo esmolas pelas ruas, a não ser para as mulheres com crianças pequenas”, ressalta Pe. Matteo.
Contribuição da Caritas de Rabat
A cidade de Fés e muito fria durante o inverno e as condições de sobrevivência são comumente difíceis para quem vive em situação de precariedade. “É impossível pensar em estruturas estáveis da Caritas, que exigem grandes meios e funcionários”, explica o religioso da Sociedade para as Missões Africanas.
“Há dois anos alguns voluntários da Caritas de Rabat dão uma contribuição, sobretudo com ajudas em medicamentos, oferecendo um auxílio àqueles que não conseguem pagar a habitação, um pouco de alimento e vestuário”, prossegue ele.
Serviço de assistência oferece 45 refeições diárias
Pe. Revelli conta como a atividade aumentou com o envolvimento dos batizados locais: “Junto com um grupo de voluntários, oferecemos diariamente uma refeição a 45 pessoas e, uma vez por semana, a possibilidade, para umas vinte pessoas, de tomar um banho quente no hammam local.
Testemunho de caridade cristã
“A cozinheira é uma verdadeira mãe para os migrantes: cozinha e serve as refeições no bairro em locais improvisados. O refeitório é o quarto onde ela dorme após todos seus filhos terem saído. Meu ajudante todas as manhãs distribui os 45 tickets refeição aos mais necessitados” – acrescenta.
O serviço de assistência tem enfrentado dificuldades: “A situação está se tornando crítica, porque uma parte dos cerca de 250 migrantes do bairro disputa a possibilidade de uma refeição. Ademais, no bairro também muitos cidadãos marroquinos são pobres e tentam uma refeição também para eles”, conclui o missionário.
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