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O projeto 'Igrejas-irmãs' levou as jovens à Amazônia O projeto 'Igrejas-irmãs' levou as jovens à Amazônia 

Ana Carolina e Mariele: em missão de Tubarão (SC) para Itacoatiara (AM)

A jornalista Amábile Correia traz ao Vatican News o testemunho de duas jovens catarinenses que abdicaram de suas férias para levar a Boa Nova de Jesus a uma comunidade ribeirinha do Amazonas.

Tubarão (SC)

A Diocese de Tubarão/SC realizou mais uma etapa do seu projeto missionário na Amazônia ‘Igrejas Irmãs’ na Prelazia de Itacoatiara – AM, neste início de ano, na comunidade do Rio Anebá. Duas jovens, Ana Carolina Lopes e Mariele Anacleto, inspiradas pelo Documento Preparatório do Sínodo dos Bispos para a Amazônia, abdicaram de suas férias e se dedicaram a levar a Boa Nova de Jesus à população.

A jovem Ana Carolina fala do chamado missionário suscitado por Deus em seu coração, de ir ao encontro dos povos amazônicos.

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"Ninguém disse que seria fácil, mas é como se Deus soprasse em meus ouvidos: "- Vá filha, você está pronta!" E eu escutei! A experiência de ser missionária é assim, um arder no coração que te faz largar tudo e ir ao encontro de quem mais precisa". 

“Tocar suas chagas, conhecer seus dramas, anunciar o Evangelho e se derramar em amor por cada história que conhece. Foram dias muito intensos, ainda não consigo expressar a dimensão disso tudo, apenas afirmar que Deus está em todo lugar, e é por Ele que me entreguei à essa missão, à essas pessoas”

"Ele é o centro da minha vida e ser instrumento Dele me faz inteira! Eu aprendi muito com eles, ganhei muito mais do que pude dar, e sou grata por cada encontro! ENCONTRO, com Deus, consigo e com o outro. É isso que faz tudo valer a pena!"

O ardor missionário inspira os corações, animados pelas palavras do Papa Francisco que diz, “Os jovens são a esperança da missão. (...) Como é bom que os jovens sejam “caminheiros da fé”, felizes por levarem Jesus Cristo a cada esquina, a cada praça, a cada canto da terra!”

Mariele Anacleto afirma que sempre sonhou em poder fazer missão, em levar o Evangelho a pessoas em condições tão diferentes da que estava acostumada:

“Quando soube que iria, senti como se houvesse ganho na mega-sena, ir ao encontro destes que estão tão necessitados. Ao chegar lá, senti na pele e na alma o que eles passam todos os dias, foi impactante demais. Tem pessoas que pegam barco, andam e fazem uma trilha para poder chegar em suas casas, ir à Igreja é quase um sacrifício, se o nível do rio subir, algumas casas entram água, se está na época da seca não conseguem sair de casa, porque o único meio são esses barcos, e que é gasto muito com gasolina, dinheiro que eles não possuem. E muitas vezes suas últimas refeições são sucos bem antes das 18 horas, tomam seus banhos em rio e é essa mesma água que bebem".

“Mesmo com todas as dificuldades, são pessoas tão bondosas que me senti em família de verdade, cada família que nos acolheu me senti em casa, que até dizia "vamos para casa", porque eles nos tratavam como filhos, e mesmo possuindo tão pouco, faziam questão de nos oferecer o melhor que possuíam.”

"O sentimento é indescritível, levarei para sempre cada pessoa, cada olhar, sorriso e abraço sincero. Só passando o que a gente passou pra sentir como é. Jesus está em todo lugar e em toda pessoa. Não há sentimento que defina o que foi essa missão”.

(Colaboração voluntária de Amábile Corrêa)
 

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13 fevereiro 2019, 12:38