Paquistão. Igrejas em alerta máximo após atentado na Nova Zelândia
Cidade do Vaticano
As Igrejas cristãs no Paquistão estão em situação de alerta máximo após os atentados a duas mesquitas de Christchurch, na Nova Zelândia, em que 50 fiéis muçulmanos perderam a vida durante encontro de oração da sexta-feira.
O caráter anti-islâmico do atentado, perpetrado por um supremacista branco, desencadeou a reação dos grupos islâmicos mais radicais e dos jornais locais que culpam a comunidade cristã neozelandesa.
Todavia, o reitor da Catedral do Sagrado Coração de Lahore, no Paquistão, Pe. Inayat Bernard, recorda que o autor do atentado, Branton Tarrant, “não é um cristão, é um ateu”. Segundo o sacerdote, “as vítimas devem ser consideradas mártires”.
Terrorismo não tem religião ou confins nacionais
Por sua vez, o arcebispo paquistanês de Karachi, cardeal Joseph Coutts, exortou todos os cristãos a “condenar o terrível gesto alimentado pelo ódio” e a “rezar durante este período da Quaresma por todas as vítimas de violência”.
A Comissão nacional paquistanesa Justiça e Paz, conduzida pelo arcebispo de Islamabad-Rawalpindi e presidente da Conferência Episcopal do Paquistão, Dom Joseph Arshad, denuncia a “crescente onda de extremismo e radicalização no mundo inteiro, que demonstra que o terrorismo não tem religião ou confins nacionais”.
Preocupação com a segurança comunidade cristã no país
Para o presidente da Comissão ecumênica inter-religiosa da Igreja Presbiteriana, Rev. Amjad Niamat, as igrejas no Paquistão deverão permanecer vigilantes durante as celebrações pascais.
“Estamos unidos contra o terrorismo e, ao mesmo tempo, preocupados com a segurança da vulnerável comunidade cristã. Pedimos ao governo que adote medidas de proteção para as igrejas nas grandes cidades”, disse ele.
Vigílias inter-religiosas de oração no país inteiro pelas vítimas
A comunidade cristã organizou vigílias inter-religiosas de oração em todo o país pelas vítimas e familiares das mesmas. Entre elas, uma foi organizada em 17 de março em Faisalabad pela Comissão nacional Justiça e Paz, em colaboração com a diocese local. Outras manifestações tiveram lugar em Lahore, na Catedral e durante a coletiva de imprensa com bispos e políticos.
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