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Bispos alemães: escolhas corajosas pela salvaguarda da casa comum

Tendo como ponto de referência a Laudato si’ do Papa Francisco, os prelados alemães ressaltam a urgência de adotar soluções capazes de frear as mudanças climáticas em curso. Entre as propostas feitas, também a que prevê a possibilidade para a Alemanha de liderar um projeto pioneiro na Europa e no mundo, tendo como objetivo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis

Cidade do Vaticano

“Dez teses em defesa do clima”, baseadas em considerações ético-sociais, econômicas, naturais, jurisprudenciais e, junto a elas, também soluções práticas para concretizá-las. É o que os bispos católicos alemães propõem num documento que quer ser uma contribuição precisa para a discussão política concernente à salvaguarda do ambiente.

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Laudato si’, referência dos bispos alemães

Tendo como ponto de referência a Carta encíclica Laudato si’ do Papa Francisco, os prelados ressaltam a urgência de adotar soluções capazes de frear as mudanças climáticas em curso, indicando o percurso a ser feito para alcançar, no espaço de trinta anos, o redimensionamento do efeito estufa.

Entre as propostas feitas, também a que prevê a possibilidade para a Alemanha de liderar um projeto pioneiro na Europa e no mundo, tendo como objetivo a eliminação gradual dos combustíveis fósseis.

Tempo a disposição para inverter rota está acabando

Fala-se também sobre a criação de um programa para a transformação do sistema energético, que envolva os consumidores e produtores, e sobre a promoção de estilos de vida sustentáveis.

“O tempo a disposição da humanidade para inverter a rota e interromper esta perigosa mudança climática está para acabar”, afirma o bispo de Essen e presidente da Comissão para as questões sociais da Conferência episcopal alemã, Dom  Franz-Josef Overbeck, no prefácio do documento.

Igreja na linha de frente na defesa da criação

“Na linha de frente na defesa da criação, a Igreja, pensando nas novas gerações, se compromete com responsabilidade na defesa do clima e na construção da solidariedade com os mais pobres. Por este motivo, apoia as preocupações manifestadas recentemente por muitos cientistas e por milhares de jovens. Trata-se agora, como sociedade, de agir com coragem e decisão”, ressalta por sua vez o bispo auxiliar de Mϋnster, Dom Rolf Lohmann, presidente do grupo de trabalho sobre problemas ambientais da Comissão para as questões sociais que redigiu o documento.

Sensibilizar os fiéis a um maior respeito ambiental

A questão de um planeta mais vivível e mais à medida do homem é um tema particularmente a peito também para as Igrejas evangélicas do país que no período quaresmal, como faz habitualmente, promovem iniciativas nas várias comunidades voltadas a sensibilizar os fiéis a um maior respeito ambiental como um pequeno passo, mas significativo para a salvação da casa comum.

(L’Osservatore Romano)

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08 abril 2019, 15:33