Bispos argentinos iniciam visita ad Limina
Cidade do Vaticano
Tem início na próxima quinta-feira, 2 de maio, e prossegue até o dia 16, a visita ad Limina da Conferência Episcopal Argentina.
Os bispos argentinos serão recebidos pelo Papa Francisco em três grupos: o primeiro, na quinta-feira, 2 de maio, o segundo, no dia 10, e o terceiro no dia 16.
Desafios pastorais
Depois do retorno da democracia, em 1983, a Igreja na Argentina continuou desempenhando um papel importante na vida do país, reconhecendo suas responsabilidades durante a ditadura militar.
Nesses anos, a Igreja teve de se confrontar com várias escolhas políticas e medidas contrárias aos valores católicos. Dentre as quais a introdução do divórcio, em 1987, as várias tentativas de legalização do aborto, a legalização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo com direito de adoção por parte de casais homossexuais, a introdução da lei sobre a procriação assistida e vários projetos de reforma do sistema educacional.
Compromisso social da Igreja na Argentina
Os bispos agiram várias vezes em relação aos problemas sociais que afligem o país: a pobreza e as desigualdades econômicas que pioraram por causa da crise argentina de 2001-2002 e não totalmente superadas nos anos de retomada.
A difusão do uso de droga e do narcotráfico, as condições difíceis dos trabalhadores rurais, a questão da mineração, o problema da migração e o tráfico de seres humanos, são problemas que a Igreja na Argentina procurou combater.
A Igreja reiterou sua proximidade e apoio às pessoas que vivem na pobreza e na miséria, dedicando a elas a edição 2018 da coleta anual nacional “Más por Menos” de solidariedade às vítimas da nova crise econômica que afetou o país.
A questão social esteve também no centro da mensagem final da última assembleia plenária da Conferência Episcopal Argentina de março passado, dedicada às próximas eleições presidenciais de 27 de outubro deste ano.
No documento, os bispos chamam a atenção para a falta de trabalho, apontando o dedo contra a “cultura da avidez e do descarte”, a especulação financeira e a “lógica do enriquecimento em detrimento dos outros” e fazendo um apelo a fim de construir “um país unido e mais justo, sem exclusões”.
Abusos de menores na Igreja argentina
A Igreja também enfrentou o tema da pedofilia. A Conferência Episcopal lançou regras rígidas sobre os abusos perpetrados por membros do clero a fim de incentivar as vítimas a denunciar, ressaltando que o abuso sexual de menores é um crime, tanto no sistema jurídico canônico quanto civil. Ainda mais grave quando cometido por uma pessoa ordenada ou consagrada.
Em seu site, a Conferência Episcopal Argentina publicou as diretrizes para a implementação dessas disposições com indicações sobre o comportamento a ser seguido nesses casos.
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui