Bispos dos EUA pedem oração pelas vítimas de tiroteio em sinagoga
Christopher Wells, Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Os bispos dos EUA manifestaram apoio e solidariedade à comunidade judaica, depois do tiroteio de sábado (27) na sinagoga Chabad em Poway, região metropolitana de San Diego, na Califórnia.
Casas de culto devem ser lugares de paz
Dom Robert McElroy, bispo de San Diego, pediu aos sacerdotes da diocese para incluir nas missas de domingo uma oração pelas vítimas do tiroteio e pela comunidade judaica. O bispo inclusive propôs um exemplo de oração para ser usada, “pelos irmãos maiores na fé, que mais uma vez são submetidos ao mal do ódio e da violência antissemita”; e pelo mundo, “tão consumado pela raiva e pela divisão”.
Através de um tweet, o prelado escreveu: “eu sei que vocês se unem a mim com profunda tristeza e indignação por essa violência nascida do ódio contra as pessoas de fé, que novamente assolou nossa nação”. Ainda através do Twitter, o bispo já havia feito menção à proximidade àquela comunidade atingida pela “violência sem sentido”, quando afirmou:
A oração de todos os católicos
Em um comunicado divulgado ainda no sábado, o presidente da Conferência Episcopal dos Bispos dos EUA, Card. Daniel DiNardo, se mostrou triste e preocupado com a notícia de que outro lugar de culto foi alvo da violência: “nosso país deveria ser melhor que isso; nosso mundo deveria superar esses atos de ódio e antissemitismo”.
O cardeal continuou ao afirmar que "é uma contradição” dos próprios ensinamentos “acreditar que o cristianismo, o judaísmo ou o islamismo toleram tal violência". Infelizmente, prosseguiu, “tanto no passado como hoje, muitos pregam esse ódio em nome de Deus”, o que não pode ser tolerado: “deve acabar", insistiu o cardeal. DiNardo ainda assegurou às vítimas do tiroteio e à comunidade judaica as orações dos católicos.
O tiroteio na sinagoga
Uma pessoa foi morta e outras três ficaram feridas quando um atirador abriu fogo durante os preparativos para um culto na sinagoga, para o último dia da Páscoa judaica. Os primeiros relatos sugerem que a arma de fogo do atirador pode ter avariado durante o atentado. O atirador de 19 anos foi expulso da sinagoga, fugiu de carro, mas foi preso e está sob custódia.
Peritos encontraram uma carta deixada pelo autor do crime que, segundo a imprensa local, mostra que o assassino planejou o ataque pouco depois do atentado que matou 50 pessoas em Christchurch, Nova Zelândia. O criminoso deste sábado, inclusive homenageou na carta os assassinos da Nova Zelândia e de Pittsburgh – esse último ocorreu há seis meses e deixou 11 pessoas mortas, também numa sinagoga.
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