Filipinas: a partir da Páscoa, mais uma diocese cancela as tarifas para os Sacramentos
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Com o espírito de que os fiéis doem aquilo que podem que um número sempre maior de bispos filipinos está abolindo o sistema de tarifas para os serviços oferecidos pela Igreja, tais como: funerais, missas de corpo presente, matrimônios e crismas. A partir da Páscoa, dia 21 de abril, as tarifas fixas para celebrar funeral e bênção dentro da diocese de Balanga, na ilha de Luzon, por exemplo, estão canceladas. A ordem foi dada no início do mês de março através de uma circular do bispo local, Ruperto Santos, segundo informou a agência de notícias Asianews.
Uma resposta ao convite do Papa para uma Igreja pobre para os pobres
O documento público da diocese responde aos apelos do Papa Francisco que, desde a sua eleição, disse querer uma “Igreja pobre e para os pobres”. O Pontífice enfatizou mais de uma vez que os sacramentos são um dom de Deus e pediu às igrejas de celebrarem os ritos de forma gratuita. Segundo Dom Santos, a decisão “é necessária para consolar a dor das pessoas aflitas pela morte de um defunto”.
Aos fiéis, o pedido de uma oferta livre
O bispo acredita que, “do ponto de vista da Igreja, as obrigações financeiras não são de importância primária e não devem ser um fardo” para as famílias do parente que morre. Por isso, Dom Santos ordenou aos sacerdotes da sua diocese de não colocaram um valor fixo para as missas fúnebres e as comemorações dos defuntos. “Devemos estar abertos à vontade livre de doar ou depositar (a contribuição) à Igreja”, finaliza o bispo.
Abolir as tarifas para os Sacramentos em todo país até 2021
As Filipinas é o país católico mais populoso da Ásia. Em 2015, o primeiro bispo que eliminou as tarifas para os serviços eclesiásticos foi Dom Socrates Buenaventura Villegas, arcebispo de Lingayen-Dagupan. No lugar das cotas, ele sugeriu a criação do “Pananabangan” ou “espírito de administração”: as paróquias deveriam aceitar aquilo que os fiéis poderiam doar, em base à condição econômica.
Segundo Pe. Roy Bellen, do escritório de comunicação da Arquidiocese de Manila, o objetivo é abolir esse sistema até 2021, quando a Igreja do país vai festejar os 500 anos da chegada do cristianismo: “esperamos que isso possa ser um indicador da mudança dos fiéis que querem apoiar a Igreja, ao invés de pensarem que podem ‘comprar os sacramentos’ da Igreja”.
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