Sexta-feira de jejum pelo Rio com arrecadação de alimentos às famílias atingidas pelas chuvas
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
A chuva mais intensa dos últimos 22 anos que deixou um rastro de destruição no Rio de Janeiro, provocando a morte de 10 pessoas, fez o prefeito Marcelo Crivella decretar nesta quinta-feira (11) estado de calamidade pública no município. A Arquidiocese do Rio de Janeiro está mobilizando a comunidade para, nesta sexta-feira (12), promover um dia de jejum com arrecadação de alimentos em todas as paróquias para ajudar as famílias desabrigadas pelas chuvas dos últimos dias.
Desde a noite da última segunda-feira (8), quando uma forte tempestade caiu no Rio, bairros foram submersos, ruas interditadas, houve registro de deslizamentos, centenas de casas alagadas até a cintura e famílias desabrigadas. Moradores chegaram a usar barcos e até motos aquáticas. O Museu Casa do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, o mais importante da arte popular brasileira, também foi prejudicado. A ciclovia Tim Maia, na Avenida Niemeyer, caiu pela quarta vez.
Oremos pelo Rio
Para o final de semana, a Arquidiocese do Rio de Janeiro convoca a comunidade do Rio para rezar pelos falecidos e pelas famílias enlutadas para a ação litúrgica e social ‘Oremos pelo Rio’. Além do Dia de Jejum pelo Rio, uma campanha emergencial da arquidiocese está arrecadando de donativos e recursos financeiros para o mesmo fim. As paróquias atingidas pelas chuvas já estão recebendo doações como: alimentos não-perecíveis, água mineral, colchonetes, fraldas, roupas, calçados, material de higiene e limpeza, móveis e utensílios.
Caritas ajuda com recursos financeiros
O vigário episcopal para a Caridade Social, monsenhor Manuel Manangão, afirmou que a Cáritas Arquidiocesana do Rio já enviou R$ 10 mil para o Vicariato Santa Cruz, como auxílio inicial e concreto para as necessidades emergenciais das comunidades da Zona Oeste da cidade.
Em pronunciamento conjunto na terça-feira (9), o arcebispo do Rio, cardeal Orani João Tempesta, e o monsenhor Manuel Manangão, se mostraram solidários com as vítimas das fortes chuvas e expressaram proximidade neste momento de sofrimento, mas de esperança para amenizar um pouco as dores da comunidade ferida. Dom Orani destacou a atuação dos sacerdotes que abriram as portas das paróquias para acolher as famílias desabrigadas:
“Tivemos igrejas que permaneceram abertas o tempo todo para acolher as pessoas que não podiam mais voltar para casa dando um pouco de acolhida e alento, inclusive em estacionamentos, principalmente na Zona Sul. Nós agradecemos muito essas disponibilidade dos sacerdotes que passaram a noite toda ajudando e alguns que até a manhã desta quinta-feira, esperando as águas baixarem para continuar a ajuda às pessoas e promoverem o bem e a fraternidade.”
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