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Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém 

Igrejas do Oriente Médio: apelo a restabelecer a dignidade humana

“Se as condições de vida incidem sobre os direitos humanos ou sobre a dignidade humana devemos estar presentes”, ressalta o diretor do departamento dos serviços do Conselho para os refugiados palestinos, Bernard Sabella. O Conselho das Igrejas do Oriente Médio reúne quatro famílias de Igrejas na região – católica, ortodoxa, ortodoxa oriental e evangélica – e congrega 27 Igrejas-membro de 8 países do Oriente Médio e do norte da África

Cidade do Vaticano

O Conselho das Igrejas do Oriente Médio lançou, na reunião anual realizada dias atrás em Ain el Qassis, no Líbano, um apelo a fim de que seja restabelecida a dignidade humana das pessoas, em particular, refugiados e imigrantes, que sofrem por causa do persistente conflito regional.

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A oração, o diálogo teológico e o serviço aos outros foram os principais inspiradores que animaram o trabalho do Conselho, que almejou a construção de novas pontes de amizade e colaboração.

Mais de cinco milhões de refugiados na região

Segundo dados do departamento dos serviços aos refugiados, foram registrados ao todo, nessa martirizada região, mais de cinco milhões de refugiados, com maior afluxo na Jordânia e Líbano.

“[O departamento, que atua em 23 campos de refugiados em toda a região, coordena a formação profissional, os serviços de saúde, a instrução e os empréstimos às empresas, encorajando as mulheres a abrir uma atividade própria.]”

“Se as condições de vida incidem sobre os direitos humanos ou sobre a dignidade humana devemos estar presentes”, disse o diretor do departamento dos serviços do Conselho aos refugiados palestinos, Bernard Sabella, exortando os parceiros a trabalhar juntos.

Extremismo violento mascarado de devoção religiosa

Durante os trabalhos foi lida uma mensagem do secretário do Conselho Mundial de Igrejas, Rev. Olav Fykse Tveit, o qual recordou que “a nossa fé não é cega. Vemos ao nosso redor muitas situações de conflito e hostilidade crônica, de extremismo violento mascarado de devoção religiosa”.

Crescentes invasões da ocupação ilegal de terras palestinas

“Quer olhemos para o conflito em andamento na Síria, a miséria de milhões de refugiados no Líbano e Jordânia e na região, para as insuportáveis condições em Gaza e as crescentes invasões da ocupação ilegal de terras palestinas, quer olhemos para os monumentais desafios do restabelecimento das comunidades e a presença cristã no Iraque – prossegue a mensagem do secretário do Conselho Mundial de Igrejas –, vemos que as ameaças hodiernas ao bem-estar humano na região são diferentes não somente por dimensão, mas também por gênero, dificuldade e complexidade.”

Conselho congrega 27 Igrejas-membro de 8 países

Eis o motivo porque “o testemunho contínuo das Igrejas do Oriente Médio e de seus fiéis interlocutores é tão importante. A fé pascal de vocês ilumina as trevas”, afirma Tveit, recordando os acompanhantes ecumênicos em Israel e Palestina como um exemplo do modo em que as Igrejas conseguem apoiar, há mais de trinta anos, a dignidade e os direitos dos palestinos.

O Conselho das Igrejas do Oriente Médio reúne quatro famílias de Igrejas na região – católica, ortodoxa, ortodoxa oriental e evangélica – e congrega 27 Igrejas-membro de 8 países do Oriente Médio e do norte da África.

(L’Osservatore Romano)

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15 maio 2019, 17:44