Terceiro dia de trabalhos da 57ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB
Silvonei José - Aparecida
Terceiro dia de trabalhos da 57ª Assembleia Geral dos Bispos da CNBB em Aparecida. O dia começou com a celebração da Santa Missa no Santuário Nacional presidida por Dom Paulo Mascarenhas Roxo, bispo emérito de Mogi das Cruzes – SP. Tema da celebração, bispos eméritos.
Já no dia de ontem, (02/05) a celebração foi na intenção dos novos bispos, aqueles que foram nomeados e ordenados pelo Papa Francisco desde a última assembleia – período de abril de 2018 a abril de 2019. A Missa foi presidida pelo núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni D´Aniello.
Durante a homilia, o núncio meditou sobre o Evangelho de João 3,31-36, que diz que “Aquele que vem do alto está acima de todos”. Dom Giovanni ressaltou que a Igreja ainda celebra o tempo pascal.
“Celebrar a páscoa de Cristo é ter a certeza que Ele ressuscitou, que está vivo e este é o fundamento da nossa fé. Por isso, a fé na ressurreição de Jesus e o Próprio a marca distintiva da fé cristã. Porque Cristão é aquele que crê que Jesus não é um personagem do passado, mas está vivo nas nossas vidas e na Sua Igreja. Não estamos só porque Jesus vivo e ressuscitado está sempre conosco”, destacou.
Entre os vários temas dessa Assembleia Geral um deles é o da Reforma da Previdência. Por ocasião do Dia do Trabalhador, (01/05) a Assembleia divulgou uma nota e, sobre ela, o bispo de Lajes (SC), Dom Guilherme Werlang, enfatizou alguns pontos na primeira coletiva, realizada na trade de quarta-feira.
Dom Guilherme, termina neste ano seu segundo mandato à frente da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, da Justiça e da Paz. Ele, que mantém uma posição firme junto às minorias e aos pobres, explicou que a Igreja sempre lutará pela dignidade da pessoa e isso resulta, atualmente, numa preocupação com os mais de 12 milhões de desempregados no país.
“Manifestamos nossa preocupação com o grave problema do desemprego”, disse o bispo. “Todas as pessoas deveriam podem viver e dar dignidade de vida à sua família a partir do próprio trabalho”, completou.
Dom Werlang assinalou também que não é justo que, após anos de trabalhos exaustivos, as pessoas caiam na insegurança e dependência de outras pessoas. “Temos que lutar para que o direito a uma aposentadoria digna seja assegurado”, enfatizou.
Outros dois bispos também tomaram a palavra. Dom José Belisário, que apresentou a organização dos trabalhos dos bispos para a aprovação das novas diretrizes gerais e Dom Murilo Krieger, vice-presidente da CNBB, que deu um panorama geral da assembleia e suas discussões.
Dom Murilo citou alguns temas que vão tomar corpo na assembleia, como a aprovação da tradução da terceira edição do Missal Romano, a Campanha da Fraternidade de 2021, a 6ª Semana Social Brasileira, o Mês Extraordinário Missionário, o Sínodo da Amazônia, e ainda uma carta aos bispos de Moçambique, a mensagem do Papa Francisco, entre outros temas.
Dom Belisário reforçou que a assembleia tem, a cada quatro anos, a missão de aprovar as diretrizes gerais e, coincidentemente, as eleições da presidência e das comissões da CNBB. Sobre as diretrizes, ele apontou que o documento traz uma inspiração para o trabalho evangelizador das dioceses e dos diversos segmentos da Igreja no Brasil, mas não são planos pastorais. Ele disse ainda que o texto tem como base quatro pilares: Palavra de Deus, Liturgia, Caridade e Missão.
Imprensa
Ao todo, são 138 os profissionais da imprensa que se inscreveram para acompanhar de perto o trabalho do episcopado brasileiro.
Uma modalidade a mais de relação dos bispos com os jornalistas e mídias que cobrem a Assembleia Geral foi proposta pela assessoria de imprensa da CNBB com o objetivo de aprofundar assuntos referentes à ação da Igreja no Brasil. É o famoso “Meeting Point”.
A ideia é que eles se realizem em seis dias da 57ª Assembleia Geral da CNBB. O primeiro ocorreu na quinta-feira, dia 02 de maio, às 9h, com o tema Exortação Sinodal “Christus vivit” e desafios da recepção no Brasil do sínodo sobre a Juventude.
Sobre os trabalhos da Assembleia nós conversamos com o arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer.
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