México: apelo de paz dos bispos, depois de morte de catequista em igreja
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
O bispo de Tapachula, no México, Dom Jaime Calderón, faz um desabafo depois do tiroteio do último sábado (15) dentro de uma igreja que vitimou fatalmente uma catequista: “fomos vítimas da violência generalizada que vive o país”. O assassinato aconteceu ao final de um curso de preparação dos catequistas na Igreja da Imaculada Conceição da Paróquia de São Marcos Evangelista, na cidade de Acacoyagua, no Estado de Chiapas.
“Dois jovens entraram e com as armas na mão começaram a atirar. Um dos projéteis feriu Margeli Lang Antonio, que morreu pouco depois”, explicou o bispo. Dom Jaime afirmou que, “como família diocesana, não podemos nos acostumar a esses fatos de violência que demonstram um degrado social e moral da comunidade humana”.
Ao falar com a imprensa, o bispo sublinhou que “a decomposição social se deve a uma falta de saúde integral das comunidades. Quando não se tem trabalho, quando há injustiça, impunidade, ambição excessiva pelo dinheiro, quando a vida das pessoas tem um preço, então tudo tem um preço e quem tem dinheiro, comanda”.
Bispos encontram o presidente do México
Nesta segunda-feira (17), os bispos tiveram uma audiência com o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, para se começar “um diálogo fraterno com a vontade de colaborar na construção de uma sociedade mais justa, solidária e em paz”. De fato, em comunicado distribuído ao final do encontro, os dois temas fundamentais expostos pelo Episcopado: a construção da paz e a emergência migratória.
Plano de Construção da Paz
Os bispos pretendem dar a sua contribuição à reconstrução do tecido social e ao reforço do estado de direito, através do Plano de Construção da Paz que “compreende centros de escuta, pela defesa dos direitos humanos, acompanhamento das vítimas e workshops de educação pela paz”. O comunicado descreve sobre “o sofrimento de tantas famílias mexicanas” pela violência e insegurança, o que requer uma “fraterna colaboração com urgência”.
A ajuda da Igreja aos migrantes
Sobre o tema da migração, o comunicado afirma que “a Igreja continua oferecendo os seus recursos: 95 dioceses, 10 mil paróquias, mais de 130 estabelecimentos e milhares de agentes pastorais em todo o território mexicano empenhado na missão humanitária e na defesa dos direitos humanos”.
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