Bom Jesus de Braga: ‘Ex-líbris’ da cidade, de Portugal e do mundo
Domingos Pinto – Lisboa
“Sabíamos que tínhamos aqui um tesouro, que queríamos requalificar”. Palavras de D. Jorge Ortiga arcebispo Primaz de Braga no passado dia 9 de julho durante uma conferência de imprensa da Confraria do Bom Jesus do Monte, a Câmara Municipal e a Arquidiocese de Braga, no contexto da classificação do Bom Jesus como Património Mundial.
Uma decisão tomada a 7 deste mês em Bacu, Azerbaijão, na 43ª sessão do comité da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que inclui também o Palácio Nacional de Mafra como Património Mundial, sendo agora 17 o número de bens portugueses inscritos nessa lista da UNESCO.
“A minha palavra é uma palavra de gratidão”, disse D. Jorge Ortiga que propôs a realização de dois eventos, a 6 e a 13 de setembro para afirmar o “reconhecimento público pelo caminho que foi percorrido”, e “cantar os parabéns ao Bom Jesus e a todos os que colaboraram”.
“Uma grande vitória para Portugal, para Braga”, disse por sua vez o presidente da autarquia, Ricardo Rio, que destacou o contributo do município nesta candidatura, garantindo a “integridade da paisagem”.
Responsabilidade acrescida
Já para o padre Mário Martins, vice-presidente da Confraria do Bom Jesus, há neste contexto uma “responsabilidade acrescida na preservação do património”.
O sacerdote considera que “o Bom Jesus é um `ex-líbris´ e uma referência incontornável da cidade, de Portugal e do mundo.
Ainda na conferência de imprensa, Varico Pereira, secretário da Confraria do Bom Jesus, anunciou algumas linhas estratégicas para o futuro do santuário, sobretudo relacionadas com a conservação do património, nomeadamente os “perigos que os incêndios podem representar para este espaço”.
Aquele responsável destacou a criação de “bolsas de estacionamento” à entrada do monte e de “transportes alternativos para a subida”, onde inclui o escadório que identifica o espaço.
Varico Pereira disse ainda que, até 2022, vai ser construído o “espaço de interpretação do Bom Jesus”, na antiga Casa dos Correios, e será criado um Conselho Consultivo para apoiar a Confraria e a Arquidiocese de Braga na gestão daquele santuário.
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