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Comissão Arns em foto de arquivo de fevereiro deste ano, quando da sua fundação Comissão Arns em foto de arquivo de fevereiro deste ano, quando da sua fundação 

Comissão Arns e Pastorais Sociais se reúnem para articular Mesa de Diálogo contra a Violência

O lançamento público em Brasília da Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência foi uma das três propostas colocadas em pauta na reunião da última terça-feira (2) do Regional Sul 1 da CNBB. No encontro, o presidente da entidade, Pastorais Sociais e representantes da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos “Dom Paulo Evaristo Arns”, em atuação no país desde fevereiro.

Silvonei José, Andressa Collet – Cidade do Vaticano

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Um encontro na sede do Regional Sul 1 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) reuniu o presidente da entidade e bispo diocesano de Mogi das Cruzes/SP, Dom Pedro Luiz Stringhini; além de representantes das Pastorais Sociais e dos Organismos da Comissão Pastoral para a Ação Social Transformadora e, em especial, fundadores e membros da Comissão de Defesa dos Direitos Humanos “Dom Paulo Evaristo Arns”.

A defesa dos direitos humanos pelo coletivo voluntário

A Comissão Arns foi fundada em fevereiro deste ano por um grupo voluntário e suprapartidário constituído por 20 brasileiros com décadas de experiência na atuação em defesa dos direitos humanos e oriundos do mundo político, judiciário, acadêmico, além de jornalistas e militantes sociais de distintas gerações. Eles trabalham em rede com o intuito de detectar casos, dar suporte a denúncias públicas, encaminhar aos órgãos do Judiciário e organismos internacionais.

Em seu nome, a Comissão presta homenagem ao Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), arcebispo emérito de São Paulo. Em 1972, Dom Paulo criou a Comissão Justiça e Paz de São Paulo, uma porta aberta no acolhimento das vítimas da repressão política e policial no país. Ao destacá-lo, a Comissão reconhece o exemplo de resistência, resiliência e, sobretudo, de esperança para os brasileiros em tempos difíceis. O presidente Stringhini aprofunda a atuação da Comissão:

“Tem como objetivo ficar atenta a tantas violações dos direitos humanos que acontecem todo dia e em todos os lugares que são, na maioria das vezes, institucionais porque, no fundo, é a violência do Estado contra os presos, os índios, contra as vítimas da mineração, contra os pobres em geral. Então, superação da violência, é esse o objetivo e também de criar uma cultura da paz. Que cada ser humano, de modo especial os cristãos sejam pessoas de fraternidade e de paz.”

A reunião de terça-feira deu abertura para a discussão de três propostas: o lançamento público da Mesa Nacional de Diálogo contra a Violência, em Brasília/DF; o Dia Nacional contra a Violência a ser celebrado durante a Semana da Pátria; além de uma outra data contra a violência a ser comemorada em cada região, em torno de 2 de novembro. Para as definições de construção da Mesa de Diálogo, bem como de um calendário de atividades, a Comissão Arns fará uma reunião na próxima quarta-feira (10) para dar continuidade ao debate iniciado nesta semana.

“Todos saímos satisfeitos e com a sensação de que esta articulação, diálogo e parceria deve continuar.”

(CNBB Regional Sul 1)

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05 julho 2019, 18:29