"Pe. Ezequiel Ramin vive na esperança do povo da Amazônia"
Cristiane Murray - Cidade do Vaticano
Centenas de fiéis se reuniram domingo, 21 de julho, em Rondolândia (MT), divisa com Rondônia, em memória ao martírio do Padre Ezequiel Ramin, morto em um conflito agrário em 1985. O missionário ordenado na Itália e enviado ao Brasil em 1980, assumiu trabalho em Cacoal (RO) na defesa dos indígenas e dos posseiros sobre o direito das terras, o que lhe custou uma série de ameaças e por fim, a vida.
Comunidades da região se organizaram para promover eventos em torno do aniversário de morte do sacerdote. As atividades começam quarta-feira (17) com a celebração do tríduo e reflexões sobre o chamado de Deus, o envio em missão, e o profetismo e martírio.
Sábado (20), houve uma celebração na Paróquia Sagrada Família, com a participação do irmão do Padre Ezequiel Ramin, Antônio Ramin, e todas as comunidades de Cacoal.
Para Padre Dario Bossi, ele também missionário comboniano no Brasil, nunca como hoje os direitos indígenas estão sendo ameaçados, a terra disputada e a floresta destruída. Pe. Ezequiel vive na resistência destas comunidades, nas dezenas de projetos de agroecologia e de educação surgidos depois de sua morte:
Segundo Dom Zenildo Pereira da Silva, bispo da Prelazia de Borba (AM), Padre Ezequiel “é importante para nossa fé, para nossa Igreja e para o Sínodo, pois buscou evangelizar e buscar novos rumos para o povo amazônico”.
Para Daniel Seidel, Pe. Ezequiel Ramin, trabalhador na construção da paz, inspira o compromisso missionário na Amazônia, os povos indígenas, os ribeirinhos, os quilombolas e os migrantes a lutar pelos direitos humanos e a justiça.
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