Bolívia. Dom Gualberti: garantir democracia real e participativa
Cidade do Vaticano
Uma celebração ecumênica de “Ação de Graças”, oficiada na catedral de Santa Cruz de la Sierra, marcou esta terça-feira (06/08) as comemorações pelos 194 anos de independência da Bolívia.
Vigília da campanha eleitoral para as eleições presidenciais
Representantes da Igreja católica, dos coptas ortodoxos, anglicanos, luteranos, metodistas e maronitas, entre outros, participaram do ato religioso, realizado por ocasião da festa nacional boliviana e no momento em que está para ter início a campanha eleitoral para as eleições presidenciais no país andino.
Por parte da Igreja católica participaram, entre outros, o arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, Dom Sergio Alfredo Gualberti Calandrina, e o secretário geral da Conferência Episcopal Boliviana (CEB), Dom Aurelio Pesoa Ribera, O.F.M., bispo auxiliar de La Paz.
Convite a uma campanha pacífica e democrática
Em sua homilia, Dom Gualberti ressaltou que o aniversário coincide com a campanha eleitoral em vista das próximas eleições, “nas quais todos nós cidadãos somos chamados a exercer nosso direito e nosso dever de eleger as autoridades chamadas a servir ao país nos próximos cinco anos".
"A campanha eleitoral é sempre um processo delicado e importante, que merece um clima de serenidade, segurança e reflexão, para que se desenvolva de modo pacífico e democrático”.
Não às promessas inexequíveis e à compra de votos
Segundo o arcebispo, “para que os eleitores possam eleger os futuros governantes de modo livre e consciente é preciso uma comunicação exaustiva e objetiva das várias propostas de governo, deixando de lado as antigas práticas das notícias falsas, das mentiras e das meias verdades, das promessas irrealizáveis e, mais ainda, das doações que levam os eleitores a fazer um percurso equivocado e compromissado”.
Sonho de uma democracia real e participativa
Esse é o momento de “um projeto de renovação democrática”, fundado na igualdade social e política. O “sonho comum para nosso país é garantir uma democracia real e participativa” e hoje é “mais do que nunca necessário reafirmar nossa adesão à democracia, porque no mundo estão sendo perdidos espaços democráticos e se tem incrementado sistemas populistas, nacionalistas e soberanistas e cada vez mais o poder político se torna defensor irracional de interesses particulares”, afirmou Dom Gualberti.
(Sir)
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