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No passado, muitas igrejas e casas de oração foram construídas sem as devidas licenças, que eram difíceis de obter. E ainda hoje alguns desses locais de culto servem como pretexto para grupos radicais islâmicos, para fomentar a violência ou lançar ataques. No passado, muitas igrejas e casas de oração foram construídas sem as devidas licenças, que eram difíceis de obter. E ainda hoje alguns desses locais de culto servem como pretexto para grupos radicais islâmicos, para fomentar a violência ou lançar ataques.  

Regularização de igrejas é "passo positivo", diz sacerdote egípcio

A medida da legalização vem em um momento de particular "devoção" para os cristãos egípcios: "Estamos em um período de jejum, em preparação à festa da Assunção, que tem um significado especial para nós. Pedimos também a vocês, no Ocidente, que unam-se e rezem por nós, pela paz e pela nossa segurança", disse padre Rafic.

O governo egípcio acaba de regularizar outros 88 locais de culto cristão. Com isto, passa de 2 mil o número de igrejas de todas as denominações cristãs “legalizadas”, o que é “um passo positivo para nós e para todo o país”, declarou à Agência Asianews o presidente do Comitê das mídias do Conselho das Igrejas do Egito, padre Rafic Greiche.

Lei está sendo cumprida

 

De fato, nos dias passados, o porta-voz do governo egípcio , Nader Saad, havia confirmado a entrada em vigor das decisões tomadas pelo Comitê Diretor em 1º de julho. Na época, as autoridades haviam aprovado a legalização de 88 igrejas e um prédio subsidiário. Saad também acrescentou que os locais de culto agora legalizados, respeitam os padrões de segurança e proteção.

As igrejas que estão sendo avaliadas pelo Comitê governamental haviam sido construídas antes da entrada em vigor da nova legislação sobre locais de culto cristãos de 2016, que estabeleceu normas específicas para as construções.

Quando entrou em vigor, alguns acreditavam que a lei facilitaria a renovação das igrejas, enquanto os críticos temiam que isso poderia dar muito poder aos governos locais para negar as permissões.

 

Entre os principais defensores da nova lei que legaliza os locais de culto cristãos  está o presidente Abdel-Fattah al-Sisi. O chefe de Estado fez da liberdade religiosa e da defesa dos cristãos um dos slogans da campanha eleitoral que, no ano passado, o levou a ganhar um segundo mandato á frente do país dos faraós.

No passado, muitas igrejas e casas de oração foram construídas sem as devidas licenças, que eram difíceis de obter. E ainda hoje alguns desses locais de culto servem como pretexto para grupos radicais islâmicos, para fomentar a violência ou lançar ataques.

A medida da legalização vem em um momento de particular "devoção" para os cristãos egípcios, como explica pelo padre. Rafic: "Estamos em um período de jejum, em preparação à  festa da Assunção, que tem um significado especial para nós. Pedimos também a vocês, no Ocidente, que unam-se e rezem por nós, pela paz e pela nossa segurança."

Conviver com a insegurança

 

Mais do que o pedido é atual, visto o atentado de 4 de agosto diante do hospital oncológico da capital: um carro, depois de ter fugido de uma barreira policial, entrou em alta velocidade na contramão, lançando-se contra os carros estacionados em frente ao prédio e explodindo, o que causou a morte de pelo menos 20 pessoas.

"O carro estava cheio de explosivos - diz o pe. Rafic - e com toda probabilidade o alvo do ataque não era o hospital. Ele atacou aquele local somente porque foi interceptado pela polícia”. "Os ataques sempre podem acontecer - conclui o sacerdote - são um elemento do nosso dia a dia e devemos conviver com isso. E os cristãos, assim como a polícia e os homens do exército, são um dos alvos favoritos dos agressores".

Em uma nação de quase 95 milhões de pessoas, em grande parte muçulmanas, os cristãos [especialmente os coptas ortodoxos] são uma minoria de cerca de 10% do total. Entre 2016 e 2017, o país registrou uma série de ataques sangrentos, que envolveram a própria comunidade cristã. Em relação aos ataques, em meados de outubro, um tribunal militar sentenciou 17 pessoas à morte; no entanto, o punho de ferro das autoridades não serviu para deter os ataques e a violência.

(Com Asianews)

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08 agosto 2019, 11:40