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Transfiguração: restaurados pela força do Espírito divino

Alguns trechos da reflexão do Papa Francisco na Festa da Transfiguração, pronunciada em 2017, na qual recorda para nos “desapegarmos das coisas mundanas” e “redescobrir o silêncio regenerante da meditação do Evangelho”

Jane Nogara - Cidade do Vaticano

A festa da Transfiguração do Senhor faz parte do mistério da salvação e recorda quando Jesus, depois de ter anunciado a Sua Paixão, chama os seus três apóstolos ao monte Tabor. Jesus transforma-se diante deles, e seu corpo fica luminoso e suas vestes resplandecentes.

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Jesus, Filho de Deus

A página evangélica narra que os apóstolos Pedro, Tiago e João foram testemunhas deste acontecimento extraordinário. Jesus levou-os consigo “e conduziu-os em particular a um alto monte” (Mt 17, 1) e, enquanto rezava, o seu rosto mudou de aspecto, brilhando como o sol, e as suas vestes tornaram-se cândidas como a luz. Apareceram então Moisés e Elias, e entraram em diálogo com Ele. A este ponto, Pedro disse a Jesus: “Senhor, bom é estarmos aqui; se queres, façamos aqui três tabernáculos, um para ti, um para Moisés, e um para Elias”. Ainda não tinha acabado de falar, quando uma nuvem luminosa os cobriu.

Desapegarmos das coisas mundanas

Na festa da Transfiguração de 2017, o Papa Francisco fez uma bela reflexão sobre o que podemos aprender com esta passagem do Evangelho. “A subida dos discípulos ao monte Tabor – disse Francisco -  leva-nos a refletir acerca da importância de nos desapegarmos das coisas mundanas, a fim de fazer um caminho rumo ao alto e contemplar Jesus. Trata-se de nos pormos à escuta atenta e orante de Cristo, o Filho amado do Pai, procurando momentos de oração que permitem o acolhimento dócil e jubiloso da Palavra de Deus”.

Redescobrir o silêncio regenerante da meditação do Evangelho

Francisco continua sua reflexão dizendo: “Nesta ascensão espiritual, neste afastamento das coisas mundanas, somos chamados a redescobrir o silêncio pacificador e regenerante da meditação do Evangelho, da leitura da Bíblia, que leva rumo a uma meta rica de beleza, de esplendor e de alegria. E quando nos pomos assim, com a Bíblia na mão, em silêncio, começamos a sentir esta beleza interior, esta alegria que a palavra de Deus gera em nós”.

Restaurados pela força do Espírito divino

Na ocasião o Papa falou sobre o final do episódio: “No final da admirável experiência da Transfiguração, os discípulos desceram do monte com os olhos e o coração transfigurados pelo encontro com o Senhor. É o percurso que podemos realizar também nós. A redescoberta cada vez mais viva de Jesus não constitui um fim em si, mas induz-nos a ‘descer do monte’, restaurados pela força do Espírito divino, para decidir novos passos de conversão e para testemunhar constantemente a caridade, como lei de vida diária”.

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06 agosto 2019, 13:25