Dia de orações recorda perseguições contra cristãos em Orissa, Índia
Cidade do Vaticano
"A vida em Cristo lança uma semente de amor que continua a transformar indivíduos e comunidades. A crônica da fé dos cristãos de Kandhamal mostra isso de maneira visível. Cada oração neste momento é um pedido de paz e reconciliação".
Segundo o padre Udayanath Bishoyi, pároco da Igreja Cristo Rei, em Phulbani, este é o espírito que motivou diversas paróquias da arquidiocese de Cuttack-Bhubaneswar, a oferecerem em 25 de agosto orações especiais pelas vítimas das violências anticristãs no Distrito de Kandhamal, no Estado indiano de Orissa.
Não esquecer o sacrifício das vítimas das perseguições anticristãs
"Nós nos reunimos em oração, recordando aqueles que morreram na violência de Kandhamal em 2008", disse o sacerdote. Todos os anos, a Igreja na Índia recorda, em 25 de agosto, o aniversário da violência anticristã ocorrida em Kandhamal há onze anos.
"O sacrifício e a fé de nossos fiéis em Cristo não devem ser esquecidos. Eles estão sempre inspirando muitos a permanecerem firmes na fé amorosa em Jesus Cristo diante da perseguição e das provações da vida na Terra", acrescentou Bishoyi.
“Pedimos a Deus que os mártires possam inundar com a coragem do céu todo o povo do distrito", acrescenta padre Augustine Singh, que oferece aconselhamento pastoral e orientação psicológica aos sobreviventes daquela violência.
"Neste sofrimento, Deus revela sua misericórdia sobre todas as vítimas e faz delas um sinal de sua santidade e uma fonte de sua graça: através de sua intercessão, é fortalecida a fé entre as gerações futuras", observa.
Mais de 100 vítimas e 64.000 pessoas deslocadas após as perseguições
A violência contra os cristãos em Orissa irrompeu no distrito de Kandhamal com uma ferocidade indescritível: grupos extremistas hinduístas culparam os cristãos pelo assassinato do líder Swami Laxmanananda Saraswati, executado por rebeldes maoístas. Mais de 100 pessoas foram mortas e pelo menos 64.000 deslocadas. Cerca de 6.500 casas e 395 igrejas foram destruídas.
Ainda hoje, cerca de 10.000 pessoas ainda não retornaram à região devido ao medo de represálias. De acordo com fontes locais, embora mais de 3.300 denúncias tenham sido apresentadas à polícia, apenas 727 casos foram julgados em tribunais, onde mais de 88% dos acusados foram absolvidos. (Agência Fides)
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