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População civil no fogo cruzado entre exército e movimento pela independência População civil no fogo cruzado entre exército e movimento pela independência 

Com líderes religiosos, encontro em Camarões busca solução para crise interna

A República de Camarões Camarões está dilacerada por um conflito em que se opõem as populações francófonas e anglófonas. Em uma Carta Pastoral, a Conferencia Episcopal condenava “as violências desumanas, cegas, monstruosas e uma radicalização das posições” em curso nas províncias camaronesas de língua oficial inglesa e pedia “uma mediação para sair da crise e poupar ao país “uma guerra civil inútil e sem fundamento”.

Cidade do Vaticano

"Fomos convidados para a reunião do grande debate nacional e concordamos em participar", declararam os líderes religiosos de Camarões que haviam organizado, em agosto, a conferência geral anglófona, com o objetivo de buscar uma solução para a crise nas duas regiões de língua Inglesa do país africano.

Em 10 de setembro, o presidente de Camarões, Paul Biya, anunciou a convocação de um grande debate nacional que será realizado de 30 de setembro a 4 de outubro, para discutir os principais problemas do país, principalmente a questão das regiões noroeste e do sudoeste que, desde 2016, estão envolvidas em uma crise secessionista nascida a partir do pedido das populações locais anglófonas para usar o idioma inglês em vez do francês nas escolas e nos tribunais. O protesto degenerou em um movimento de independência, que combate o exército regular.

Que o país reencontre a paz

 

"Como líderes religiosos, rezamos para que nosso país reencontre a paz, pois não podemos esquecer os sofrimentos de centenas de milhares de nossos concidadãos, alguns dos quais morrem de fome e doenças", afirmam os líderes religiosos anglófonos, entre os quais o cardeal Christian Wiyghan Tumi, arcebispo emérito de Douala.

Ao anunciar sua participação no debate nacional, o cardeal Tumi afirmou: "Somos obrigados a fazer todo o possível, mesmo às custas de nossas vidas, para trazer a paz de volta aos Camarões".

O purpurado considerou muito positivia a iniciativa do Chefe de Estado: "Estamos no caminho certo!"

Questionário

 

O cardeal Tumi explicou ter encontrado o primeiro-ministro a quem entregou um relatório resultante das respostas a um questionário enviado aos habitantes da região de língua inglesa de Camarões.

"Pouco mais de 1000 pessoas responderam - explicou - e com base em suas respostas, produzimos um documento de 400 páginas subdividido em três partes, que enfoca as causas da crise anglófona e oferece propostas de solução".

(Agência Fides)

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25 setembro 2019, 14:12