CPLP em “sintonia” com Papa Francisco em relação a África
Domingos Pinto – Lisboa
“Estamos em perfeita sintonia com aquilo que são as referências do Papa Francisco em relação a África e que também são as preocupações que a CPLP tem em relação a esses países”.
É a convicção expressa ao portal da Santa Sé por Francisco Ribeiro Telles, secretário executivo da organização lusófona no contexto da visita que realizou de 12 a 14 deste mês à Guiné-Bissau.
Uma visita de trabalho acompanhado pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades de Cabo Verde, Luís Filipe Tavares, a convite da Ministra dos Negócios Estrangeiros, da Cooperação Internacional e Comunidades da Guiné-Bissau, Suzy Barbosa.
Na agenda estiveram diversas audiências com autoridades guineenses, oportunidade para destacar as eleições presidenciais no país em novembro próximo. O secretário executivo da CPLP avançou que a organização lusófona convidou Moçambique a “liderar a missão de observação eleitoral da CPLP”, e sublinhou ainda a importância das eleições gerais que vão ter lugar a 15 de outubro em Moçambique, “tendo em conta a estabilidade do país”.
O diplomata elogiou a recente visita papal a Moçambique, uma visita “muito importante” que “terá tido um impacto muito forte, não apenas por se tratar de uma personalidade tão evidente, tão forte e tão marcante como é o Papa Francisco”, mas também pelo “papel que a igreja católica tem desenvolvido nesses países”.
Já sobre a organização lusófona, Francisco Ribeiro Telles espera que sejam ultrapassados “alguns constrangimentos financeiros de forma a que a CPLP possa vir a ter uma representação permanente no decurso do próximo ano na Guiné-Bissau”.
“Nós no passado tivemos uma representação permanente da CPLP em Bissau, mas por razões financeiras tivemos de encerrar essa missão”, sublinha o diplomata que diz “haver vontade política” para retomar essa presença naquele país africano.
O SE da CPLP, que esta semana visita as Nações Unidas, destacou ainda a importância da resolução de cooperação com a organização lusófona aprovada na semana passada pela ONU, e deixa uma palavra de “otimismo e esperança” para que “haja uma visão importante” para os problemas do mundo atual.
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