“Não ter medo de ir ao encontro daqueles que são esquecidos”
Domingos Pinto – Lisboa
“Nós vivemos para a 1ª evangelização, sair, partir, como o Papa Francisco nos pede, para as periferias, nós já começámos em 1921”.
É a prioridade apontada em entrevista à VATICAN NEWS pela irmã Olga Maria dos Santos Fonseca, a nova Superiora Geral da Congregação das Irmãs Missionárias do Espírito Santo, que encerrou no final de agosto em Fátima o seu Capítulo Geral.
É a primeira portuguesa a ser eleita para superiora geral da congregação fundada pela irmã Eugénie Caps, e vai ser acompanhada por um Conselho formado por quatro irmãs de várias nacionalidades.
A religiosa, de 52 anos, é natural de Fânzeres, no Concelho de Gondomar, na Diocese do Porto, e fez a sua primeira profissão religiosa a 25 de agosto de 1991 e os votos perpétuos em 1999.
Em 1992 esteve em Paris a aprender francês, seguindo em Missão para a República Centro Africana em 1993, ali permanecendo até 1998. De regresso a Paris, obteve um diploma em Ciências da Religião, na Universidade Católica, e entre 2000 e 2003 estudou Jornalismo na Costa do Marfim, na Universidade Católica da África do Oeste. No ano seguinte partiu para o Congo Brazzaville como responsável do Distrito.
Antes de ser escolhida para superiora geral das Irmãs Espiritanas, a religiosa foi conselheira geral da congregação em 2007, quando residia em Paris, tendo sido reeleita para o mesmo cargo em 2013, assumindo a função de 1.ª assistente geral.
“Eu aceitei com muita fé, sabendo bem a nossa realidade”, diz ao portal da Santa Sé a Irmã Olga Maria que espera que a congregação tenha “um projeto futuro de fidelidade ao carisma, unicamente missionário”:
Para a nova superiora geral das Irmãs Espiritanas, é preciso “não ter medo de ir ao encontro daqueles que são esquecidos, que são excluídos, que são postos de lado”, numa sociedade que “tem leis que favorecem a exclusão”.
Neste contexto, a religiosa cita o Papa Francisco, “um papa muito querido”, cujo pontificado “vem muito ao encontro daquilo que nós somos e que nós queremos realmente ser”, ou seja, “uma igreja em saída, uma missão que deve ir ao encontro dos outros, mesmo se por vezes temos de ultrapassar barreiras sociais e mesmo politicas”, como é o caso das migrações.
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