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Os budistas são nossos melhores amigos, afirma brasileira na Tailândia

Ir. Jandira Garcia, das Irmãs da Providência, trabalha há oito anos na Tailândia. No norte do país, faz um trabalho pastoral e catequético com os refugiados que vieram sobretudo de Mianmar.

Bianca Fraccalvieri - Bangcoc

“Durante a minha viagem, terei a oportunidade de reunir-me com a comunidade católica da Tailândia, para alentá-los na fé e na contribuição que dão a toda a sociedade.”

Estas foram as palavras do Papa Francisco ao povo tailandês, na véspera de sua viagem apostólica. De fato, um dos objetivos do Pontífice ao visitar uma nação é justamente confirmar os irmãos na fé.

No caso da Tailândia, se trata de um pequeno rebanho, cerca de 380 mil pessoas, que corresponde a 0,58% de toda a população do país.

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Missionária brasileira

Entre os inúmeros missionários que atuam em todo o território, a está a Ir. Jandira Garcia, das Irmãs da Providência.

Ela chegou à Tailândia em 2011 e depois de um ano estudando o tailandês em Bangcoc, se transferiu para o norte, em Chiang Saen, a mais antiga cidade do país.

O lugar é chamado de triângulo de ouro, na fronteira com Myanmar e Laos, com um comércio promissor. Mas propriamente por ser um lugar de fronteira, a cidade acolhe inúmeros refugiados, sobretudo birmaneses. Na Tailândia, eles são considerados ilegais, portanto não têm permissão para trabalhar, o que os relega a uma condição de isolamento nos vilarejos rurais.

É com esses refugiados que trabalha a missionária brasileira. Ir. Jandira, junto a outras irmãs, realiza um trabalho pastoral e catequético. Mas o projeto principal é com as menores refugiadas. Para prevenir a prostituição e o turismo sexual, as missionárias acolhem atualmente 34 meninas e adolescentes num Centro criado para o acompanhamento escolar. A finalidade do Centro é garantir que elas concluam os estudos, único modo para obterem a cidadania.

Em entrevista à Rádio Vaticano/VaticanNews, Ir. Jandira fala da expectativa para a chegada do Papa. Devido à condição de refugiados, somente duas pessoas da missão poderão estar em Bangcoc para acolher Francisco.

Apesar dos 350 anos de evangelização do país, o trabalho catequético ainda encontra inúmeras dificuldades. Em alguns aspectos, se assemelha à Amazônia brasileira, onde as distâncias constituem um desafio. Ir. Jandira fala também da relação com os budistas.

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19 novembro 2019, 10:19