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O juiz Pedro Vaz Patto, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz O juiz Pedro Vaz Patto, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz 

Portugal/CNJP: “Cultura de honestidade e de serviço ao bem comum"

A Comissão Nacional Justiça e Paz associa-se à campanha lançada pelas Nações Unidas no âmbito do Dia Internacional contra a Corrupção.

Domingos Pinto – Lisboa

“Achamos que é uma iniciativa positiva, uma forma de chamar a atenção para as consequências deste fenómeno da corrupção”.

É desta forma que o Juiz Pedro Vaz Patto, Presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, sublinha à VATICAN NEWS a importância da campanha que as Nações Unidas lançaram no contexto do Dia Internacional contra a Corrupção que se assinala esta 2ª feira, 9 de dezembro.

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Preocupação sublinhada na nota que a CNJP divulgou neste contexto, associando-se desta forma à iniciativa das Nações Unidas e à campanha contra a corrupção lançada em Lisboa pela Associação Portuguesa de Ética Empresarial.

Um texto que pretende “sensibilizar pessoas e governos de todo o mundo para este crime, com as suas implicações e custos” e que relembra o apelo que o Papa Francisco fez na sua recente viagem a África aos governantes para lutarem com determinação contra formas endémicas de corrupção e especulação que aumentam a disparidade social e empobrecem as Nações.

“A vítima é o bem comum. Somos todos nós, cada um de nós e todos nós ao mesmo tempo, somos todos prejudicados por este fenómeno da corrupção”, diz o presidente da CNJP que considera que as “empresas têm um papel decisivo, quer para alimentar o fenómeno, quer para o contrariar”.

Um fenómeno “que nós conhecemos cá em Portugal, que não é só de agora. Talvez agora se note mais, ou porque é mais conhecido, ou porque deu origem a processos judiciais, mas é um reflexo de uma situação que não podemos aceitar”, concretiza o presidente da CNJP que lança alguns desafios.

Desde logo “um apelo à responsabilidade social das empresas, um apelo aos governos porque também têm aqui um papel importante, e um apelo a todos os cidadãos”, não apenas “no sentido de não colaborarem, de denunciarem o fenómeno, mas também de difundirem uma cultura de honestidade e de serviço ao bem comum”, concretiza Pedro Vaz Patto.

“É preciso começar por rejeitar aqueles favores, tudo aquilo que sejam violações dos deveres de imparcialidade, da autoridade pública, começando por aí, para, de fato, difundir uma mentalidade de serviço ao bem comum que contrarie a corrupção”, desafia aquele responsável.

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10 dezembro 2019, 09:57