Bispos da Colômbia ao Governo: resolver causas da crise humanitária
Cidade do Vaticano
“Estabelecer condições de vida dignas e mecanismos de proteção para as economias e os líderes sociais, tanto a Leyner Palacios quanto a outros líderes que estão em risco.” No quadro de uma “solução integral que resolva as causas estruturais que se encontram na raiz da crise humanitária.”
É o que os bispos colombianos das regiões do Pacífico e do Sudoeste pedem ao governo da Colômbia. Numa nota difundida no sábado (11/20) os prelados voltam a expressar mais uma vez suas preocupações e denúncias pelo agravar-se do conflito nestas e outras regiões do país.
Graves fatos das últimas semanas e apelo dos bispos
Nas últimas semanas graves fatos ocorreram nestas zonas da Colômbia: do assédio armado à comunidade de Boyayá, no departamento del Chocó, por parte dos paramilitares, às ameaças de morte ao líder que o havia denunciado, Leyner Palacios, até o assassinato de outros líderes sociais e, em particular, de duas mulheres nos departamentos del Putumayo e del Nariño.
“Elevamos novamente nossa voz de pastores e dirigimos um apelo a retomar o caminho da paz, na perspectiva do respeito pelos direitos humanos, pelos direitos dos povos e pelo direito internacional humanitário”, escrevem os bispos, os quais recordam que a população do Pacífico e do Sudoeste é composta em sua maioria por afrodescendentes, indígenas e mestiços.
Buscar saídas políticas e pacíficas ao conflito armado
Ademais, se pede atenção às denúncias relacionadas a possíveis situações de conivência de membros da Força pública com grupos ilegais.
Além disso, se reafirma na mensagem o pedido a buscar saídas políticas e pacíficas ao conflito armado, dirigindo-se, em particular, à guerrilha do Eln (Exército de libertação nacional) e aos paramilitares do Agc (o Clã do Golfo): “Esperamos a resposta sincera dos vários atores, mediante gestos concretos de verdadeira vontade de paz”.
Construir país justo, fraterno e não violento
Por fim, os bispos pedem aos colombianos que prossigam na oração permanente e que continuem trabalhando com denodo na construção de um país justo, fraterno e não violento.
A mensagem é assinada pelos seguintes prelados: o arcebispo de Cali, dom Darío de Jesús Monsalve Mejía; o arcebispo de Popayán, dom Luis José Rueda Aparicio; o bispo de Quibdó, dom Juan Carlos Barreto Barreto; o bispo de Istmina - Tadó, dom Mario de Jesús Álvarez Gómez; o bispo de Apartadó, dom Hugo Alberto Torres Marín; o bispo de Mocoa - Sibundoy, dom Luis Albeiro Maldonado; o bispo de Buenaventura, dom Rubén Darío Jaramillo Montoya; o bispo de Ipiale, dom José Saúl Grisales, o bispo de Tumaco, dom Orlando Olave; e o bispo de Palmira, dom Edgar de Jesús García Gil.
(Sir)
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