México. Dom Calderón: "ver, sentir e tratar os migrantes como irmãos"
Cidade do Vaticano
“Todos aqueles que fazem parte desta família diocesana de Tapachula, cada um segundo suas possibilidades e responsabilidades, assegure que não falte um pedaço de pão a estes irmãos migrantes, não sejam violentados ou agredidos na passagem pela nossa diocese, não recebam manifestações de rejeição nem de desprezo e sintam, apesar das circunstâncias adversas, caminhar em meio a irmãos e como irmãos, não como estrangeiros, nem aventureiros, nem criminosos, nem exilados, nem desprezados. Deus recompensará o esforço de todos em vê-los, senti-los e tratá-los como irmãos. Da mesma forma como gostaríamos que nossos compatriotas irregulares fossem tratados nos EUA.”
Este é o apelo do bispo da diocese mexicana de Tapachula, dom Jaime Calderón Calderón, dirigido aos sacerdotes, seminaristas, religiosas e leigos da sua diocese, após as notícias relacionadas a uma nova consistente caravana de emigrados de Honduras em direção aos EUA.
Posição oficial do governo é ambígua e hesitante
“As declarações do governo federal e o silêncio do governo estatal nos mostram, como em outras ocasiões, que a posição oficial é ambígua e hesitante”, denuncia o bispo em sua mensagem intitulada “Responsabilidade e amor por nossos irmãos”, diante da incerteza de que a caravana dos migrantes possa atravessar a fronteira, chegar a Tapachula e prosseguir para além do estado do Chiapas, sul do México.
“Dada essa incerteza, mas conscientes do nosso dever cristão de batizados filhos de Deus – Pai de todos sem acepções ou diferenças –, sentimos o dever de mostrar nosso pensamento com simplicidade, clareza e determinação em relação aos irmãos que vêm com a caravana”, prossegue dom Calderón.
Igreja local sempre foi fraterna e solidária
O bispo recorda que a família diocesana de Tapachula “sempre se distinguiu por ser uma Igreja local fraterna e solidária que, de sua pobreza, sempre foi atenta a mostrar o rosto misericordioso de Deus, sendo hospitaleira para com os irmãos migrantes”.
Seu rosto é o rosto do bom samaritano, por conseguinte, “asseguremo-nos sempre que, de passagem ou numa permanência temporânea ou estável em nosso território diocesano, os irmãos migrantes não acumulem mais sofrimentos além dos que comportam um longo caminho, tortuoso, acidentado, inseguro e violento”.
Grande senso de responsabilidade e amor por nossos irmãos
Em seu comunicado o bispo atribui às várias comunidades, coordenadas pela Comissão de emergência e pelos vigários forâneos, a tarefa de assistir os imigrados que atravessam o território diocesano, invocando a Deus “ajudar-nos, mais uma vez, a fazer esse trabalho com um grande senso de responsabilidade e de amor pelos nossos irmãos”.
(Fides)
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