Bispo de Fulda chocado com ataque contra comunidade turca na Alemanha
Gudrun Sailer - Cidade do Vaticano
O autor do massacre ocorrido na quarta-feira em Hanau, Alemanha, supostamente agiu sozinho, de acordo com o que emergiu das primeiras investigações policiais. Tobias Rathien, esse seria o nome do agressor, não tinha antecedentes penais. Após o banho de sangue na noite de quarta-feira, o suspeito foi encontrado morto em casa. Os investigadores suspeitam que ele tenha atirado em sua mãe de 72 anos e depois se suicidado.
A mensagem da Diocese de Fulda
"Não obstante o choque que assombra a cidade, as Igrejas querem estar muito próximas das pessoas”, declarou a Diocese de Fulda em um comunicado. Na Igreja de Santa Isabel, próximo ao local do massacre, será celebrada uma Missa seguida de Adoração Eucarística nesta quinta-feira.
O bispo de Fulda, Dom Michael Gerber, disse estar extremamente abalado com o ocorrido. No entanto, enfatiza a importância de criar espaços de diálogo e amizade entre pessoas de diferentes origens. "Em nossa diocese – disse ele - temos um percentual muito alta de migrantes. Para nós, como Igreja Católica, é importante criar espaços para encontros. Temos a possibilidade de viver algo exemplar, que se espera possa irradiar para a sociedade e motivar outras pessoas. Penso, por exemplo, no trabalho desenvolvido por nossos Jardins da Infância, que recebem uma alta porcentagem de crianças muçulmanas. Não devemos subestimar as experiências vividas pelos jovens. É muito positivo quando se faz amizade com jovens, pois isso influenciará posteriormente a maneira de entender as relações com pessoas de outras origens.
Merkel: determinado contra a divisão
Já Angela Merkel expressou seu horror pelo ocorrido em Hanau, enfatizando que ainda é muito cedo para ter um quadro claro do que aconteceu. Há muitas provas, disse Merkel, que indicam que o culpado agiu motivado por ódio racial e religioso. E reiterou que o racismo e o ódio são "um veneno" culpado "por muitos crimes já cometidos".
O governo federal e todas as instituições estatais, acrescentou a chanceler, defendem os "direitos e a dignidade de todas as pessoas no país. Não fazemos distinção de cidadãos com base na origem ou na religião". O governo federal, concluiu, opõe-se com toda a sua força e determinação aos que estão tentando dividir a Alemanha.
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