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Cardeal Bagnasco na Universidade Católica Portuguesa Cardeal Bagnasco na Universidade Católica Portuguesa  

JMJ 2022: jovens encontrem uma Igreja portuguesa plena de esperança e alegria

O Cardeal Bagnasco, Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) esteve no Porto no âmbito das Jornadas de Teologia da Universidade Católica.

Rui Saraiva - Porto

No âmbito das Jornadas de Teologia da Universidade Católica no Porto em Portugal, o Cardeal Angelo Bagnasco, em entrevista, aproveitou para deixar uma mensagem aos jovens portugueses que estão a preparar a Jornada Mundial da Juventude de 2022.

Na JMJ esperança e alegria

 

Fez votos de que os jovens de todo o mundo encontrem em Portugal esperança e alegria:

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“Antes de mais devem estar muito contentes e cheios de alegria por este encontro mundial que o Santo Padre decidiu na continuação destas Jornadas da Juventude. Portanto, é uma ocasião belíssima, uma graça. É certo que estão já em trabalho ativo e generoso. Por outro lado, devem sentir-se particularmente responsáveis para que os jovens que virão de todo o mundo a Portugal, encontrem uma Igreja portuguesa, plena de esperança e alegria. Porque temos que ser assim. Porque o Senhor ressuscitou e está ao nosso lado em cada circunstância e faz-nos superar com a fé cada dificuldade e provação. É um grande encontro e estou certo que os jovens portugueses responderão à altura.”

Nas comunidades dar testemunho da bondade

 

“A Iniciação Cristã em Tempos de Secularização” foi o tema geral das Jornadas de Teologia no Porto e o arcebispo de Génova sublinhou a necessidade da “redescoberta da fé” e da “alegria da fé”:

“Ser cristão não é um peso que temos que transportar, mas é uma graça que recebemos do Alto e pela qual somos responsáveis perante o mundo. Assim, devemos dar um testemunho visível e substancialmente alegre. Em segundo lugar, é preciso que gostemos mais uns dos outros. Dentro das nossas comunidades cristãs, pequenas ou grandes, devemos dar um testemunho de maior bondade, sem críticas, sem polémicas, sem invejas, sem pretender afirmar nós próprios, mas servir humildemente na gratuidade. Se as comunidades cristãs forem verdadeiramente lugares de benevolência e de ajuda na fé e na vida quotidiana, tornar-se-ão sinais de esperança, num modo tal que quem quer que se aproxime se sentirá em casa.”

Caminho europeu não deve parar

 

O Cardeal Bagnasco, que é também Presidente do Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) não deixou de se referir ao processo de mudança na União Europeia com o Brexit apontando ser uma oportunidade para um “caminho europeu que não deve parar”:

“Deve ser uma oportunidade para a União Europeia examinar-se melhor a si própria para ver as coisas que pode e deve melhorar. Num modo que este facto do Brexit seja uma ocasião para dizer que o caminho europeu não deve parar.”

Despertar consciências

 

Relembrando a Assembleia Plenária de 2019 do Conselho das Conferências Episcopais da Europa que teve lugar em Santiago de Compostela, o Cardeal Bagnasco afirmou que “a consciência de muitas pessoas está a despertar” para “interrogações serias”:

“Vejo que na Europa não são assim tão poucos aqueles que se colocam questões sobre como é a vida do homem moderno. Se o nosso sistema de cultura e de sociedade responde às necessidades mais profundas da pessoa humana que é aquela de viver juntamente com os outros com serenidade. Parece-me que a consciência de muitas pessoas está a despertar e colocam-se interrogações sérias. E há grupos de jovens e de menos jovens que eu conheci e que procuram uma vida de oração, de liturgia, de catequese e de serviço, muito intensa. Pessoas que têm as suas famílias e o seu trabalho, mas que desejam isto e encontram-se. E isto parece-me muito belo e prometedor.”

Eutanásia é derrota para a humanidade

 

A propósito da possibilidade da aprovação da eutanásia em Portugal, o cardeal Bagnasco sublinhou a derrota para a humanidade que significa esta legislação:

“É mais um passo no mundo ocidental contra a pessoa humana. Porque a vida é sagrada, no sentido em que ninguém pode dispor dela como se fosse um objeto. O homem não é um objeto. Em segundo lugar, o doente, a pessoa que se prepara ao passo final da vida terrena, geralmente, como nos dizem os médicos, não têm medo da morte, mas de estarem sós. Portanto, a lei sobre a eutanásia como sobre o suicídio assistido é uma derrota para a humanidade que em vez de ser solidária em todos os momentos, especialmente, os de maior dificuldade e sofrimento, retira-se, entregando o indivíduo a si próprio.”

Nas Jornadas de Teologia no Porto houve espaço para a reflexão sobre temas como a iniciação à fé no evangelho de S. Marcos, a construção da fé nos atos dos apóstolos, espaços e tempos para a celebração batismal ou a iniciação de adultos.

Laudetur Iesus Christus  

 

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05 fevereiro 2020, 10:43