Pe. Zagore: Evangelho, semente do desenvolvimento humano integral
Cidade do Vaticano
“A corrupção é um mal para a nossa humanidade, tem efeitos nocivos para o desenvolvimento humano integral em geral e em particular”, disse à agência missionária Fides o teólogo da Sociedade para as Missões Africanas, padre Donald Zagore, à margem do Congresso continental sobre a missão ad gentes que teve como tema “Testemunhar, anunciar e celebrar a fé na missão de evangelização na África hoje”, concluído no sábado, 1º de fevereiro, em Uagadugu, capital de Burkina Fasso, país do oeste da África.
O missionário interveio no Congresso com um seminário sobre “O Evangelho do Reino de Deus e o desenvolvimento humano integral no combate à corrupção”, no qual colocou algumas interrogações sobre o fenômeno.
Interpelações sobre o fenômeno da corrupção
“O Evangelho do Reino de Deus, que Cristo mesmo encarna, pode desenvolver hoje um papel decisivo neste processo de cura e tornar-se desse modo a semente do desenvolvimento humano integral?”
“O que alimentou e continua alimentando a corrupção? Qual é a sua raiz? O que o homem pode fazer para remediar? Como as instituições ou as estruturas sociais em questão podem ser curadas?”
A corrupção nasce no coração humano
Em sua reflexão padre Zagore ressaltou que “a corrupção é um pecado e, como tal, tem a sua fonte no coração humano ferido que continua sendo vítima de dois fatores em particular: a cultura do individualismo e o amor excessivo pelo dinheiro”.
“Esse é o motivo porque, quando é perguntado se o Evangelho que Cristo mesmo encarna, pode desempenhar hoje um papel decisivo neste processo de cura e libertação do homem e tornar-se o fermento do desenvolvimento humano integral, respondemos que sim.”
Do nosso batismo, ser testemunhas autênticas da esperança
O teólogo marfinense concluiu sua participação dizendo que “mesmo se a situação histórica possa parecer sem esperança, somos chamados a acolher esta potente e profética voz de Cristo e de seu Evangelho que rompe as nuvens de angústia e sofrimento que criaram a cultura do individualismo que gerou a corrupção, para abrir uma nova era, a do Reino de Deus.”
“Pela força do nosso batismo devemos permanecer testemunhas autênticas desta esperança e portadores dos frutos do nosso batismo em nossas sociedades”, disse por fim o religioso da Sociedade para as Missões Africanas.
(Fides)
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