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Sahak II espera que Turquia reconheça sofrimento do povo armênio

O novo patriarca armênio apostólico, sem nunca usar a expressão 'genocídio armênio', admitiu em uma longa entrevista publicada pelo jornal turco Hurriyet que a data de 24 de abril, escolhida para recordar a cada ano os massacres contra os armênios perpetrados entre 1915 e 1916 na península da Anatólia, na Turquia foi por muito tempo considerado "um tabu".

Cidade do Vaticano

Sahak II Masalyan, o novo patriarca armênio apostólico de Constantinopla, espera e deseja ver em breve também na Turquia "o reconhecimento dos sofrimentos de nosso povo" superando as incompreensões e os equívocos de quem hoje, assim como no passado, representa as comunidades minoritárias presentes na Turquia como  “das elites felizes e ricas, embora isso não seja verdade, e nunca foi verdade”.

O patriarca, sem nunca usar a expressão 'genocídio armênio', admitiu em uma longa entrevista publicada pelo jornal turco Hurriyet que a data de 24 de abril, escolhida para recordar a cada ano os massacres contra os armênios perpetrados entre 1915 e 1916 na península da Anatólia, na Turquia foi por muito tempo considerado "um tabu, um evento que provoca divisão", até que em 2015 o presidente turco Recep Tayyip Erdogan "nos enviou uma carta de condolências e, pela primeira vez conseguimos celebrar as Missas pelos nossos mortos em nossas igrejas”.

Na mesma entrevista, publicada na segunda-feira 3 de fevereiro, o Patriarca Armênio de Constantinopla enfatizou que é necessário sair da lógica do antagonismo do "nós contra eles", reconhecendo a comum pertença à família humana, fato atestado também do ponto de vista científico, dado que "nosso a constituição genética é a mesma" e "somos todos 'Homo sapiens'".

O Patriarca também comparou a recente, trágica experiência da Síria com as lacerações experimentadas por toda a humanidade durante as guerras mundiais, quando o vírus do nacionalismo "entrou no nossas casas e todos queriam construir seu próprio "estado-nação" à custa de outros”.

Entre as várias considerações, o Patriarca Armênio reiterou que considerava o AKP - Partido de Erdogan no poder desde 2002 na Turquia - como uma formação política com uma maior "sensibilidade para com os cristãos", sobretudo em comparação com as épocas passadas, quando "não podeíamos nem mesmo pregar em nossas igrejas".  (GV - Agência Fides).

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05 fevereiro 2020, 09:01