Fundação pontifícia pede intenções de oração à Igreja da Itália, que teve missas suspensas
Tiziana Campisi, Andressa Collet – Cidade do Vaticano
A Fundação de direito pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre”, da Itália, convida os próprios benfeitores a confiar aos sacerdotes pobres e perseguidos, mas livres de celebrar com os fiéis, as intenções de oração pela emergência provocada pela epidemia do Covid-19. A sugestão a quem faz doações também é de destinar as ofertas para “Missas suspensas”, já que todas as celebrações litúrgicas foram abolidas na Itália até 3 de abril.
Os presbíteros da Igreja, pobre e perseguida, onde ainda é possível celebrar as missas, são convidados a rezar para que a Itália e a Europa inteira “sejam protegidas do flagelo do coronavírus e, sobretudo, para que, nestes tempos difíceis, ‘nada ofusque o sentido cristão da vida em nós’”, como prega a Liturgia das Horas da Quaresma.
“Missas suspensas” por toda Europa
A Fundação considera ainda que, “hoje, somos nós, italianos, expropriados das nossas celebrações festivas por um vírus proveniente do Oriente, a ter particularmente necessidade das missas celebradas por sacerdotes pobres e perseguidos”. O comunicado do organismo prossegue afirmando que, “paradoxalmente, as celebrações confiadas a esses ministros de Deus podem (..) compensar a nossa desolação”:
“Vocês, caros benfeitores, geralmente doam às celebrações de missas segundo as suas intenções, confiando-as às mãos dos sacerdotes da Igreja, pobre e perseguida. São esses últimos a se beneficiar da caridade de vocês, porque as suas ofertas apoiam e ajudam eles. Hoje, paradoxalmente, a situação mudou de alguma forma.”
A Fundação Pontifícia, então, pede que as missas celebradas sejam consideradas “Missas suspensas” por toda a Europa, graças à generosidade dos benfeitores.
As missas estão de volta em Cingapura
Enquanto isso, em Cingapura, as missas voltam a ser celebradas nas 32 paróquias do território a partir do próximo final de semana. Dom William Go, arcebispo local, anunciou a decisão depois da disposição de 14 de fevereiro de interromper as celebrações para conter a difusão do coronavírus. No país não foi registrada nenhuma morte pelo Covid-19, graças às drásticas medidas adotadas.
A decisão foi tomada, como reporta uma carta-circular publicada no site da Arquidiocese, depois de uma avaliação criteriosa da situação, inclusive feita em conjunto entre as autoridades religiosas locais, ministros da Saúde e da Cultura, comunidade e juventude. As atividades voltam ao normal, mas respeitando as medidas de precaução, entre elas: higienizar os locais de culto, usar scanners térmicos para controlar eventuais sinais de febre e registrar os nomes e contatos dos fiéis ao entrar nas igrejas. Além disso, os celebrantes deverão higienizar as mãos antes de dar a Comunhão.
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