Portal católico multilíngue e missas via streaming para enfrentar as barreiras do coronavírus
Andressa Collet – Cidade do Vaticano
Uma mensagem divulgada pela Conferência Episcopal da Lombardia, uma das principais regiões da Itália afetadas pelo contágio do coronavírus, convida os fiéis a seguirem as celebrações eucarísticas das próprias casas, através da TV ou via streaming. No comunicado da última sexta-feira (28) intitulado “Vou pedir o bem para ti”, os bispos fizeram referência à missa deste domingo (1), o primeiro da Quaresma.
“Não podemos viver sem celebrar o dia do Senhor”, diz a mensagem, ao acrescentar que “viver o dia do Senhor sem a celebração eucarística é um vazio e uma privação que nós todos sentimos com sofrimento”. Porém, pensando à saúde dos habitantes da região, os bispos exortam os fiéis a se abster das assembleias eucarísticas.
O convite é, então, “à oração pessoal” e a seguir as celebrações através das transmissões na TV ou na rádio ou mesmo pelo site das dioceses via streaming. A mensagem é assinada pelos bispos de Milão, Bergamo, Mântova, Como, Vigevano, Crema, Lodi, Cremona, Pavía e Brescia.
Portal católico multilíngue na Índia
Já as pessoas que vivem um período de quarentena na Índia, por causa do Covid-19, podem usufruir de uma plataforma online que encoraja a não viver em solidão o isolamento domiciliar. A Associação Sanitária Católica (Chai), com sede em Hyderabad, é quem colocou no ar a iniciativa.
Desde 26 de fevereiro as pessoas podem participar de chats de debates, enviar áudios e vídeos, além de escrever e-mails para o site www.coronacare.life, que está sendo administrado por cerca de 40 voluntários – metade deles são agentes sanitários, mas na sua maioria são religiosos.
Pe. Mathew Abraham, diretor da Associação, explica à agência Ucan que “o medo e a solidão são os piores inimigos dos seres humanos num momento de crise que este. A ideia da plataforma é justamente ajudar a superar esse medo e solidão”. O isolamento “cria frustrações e sofrimentos inimagináveis, sobretudo quando as pessoas em quarentena sabem que já tiveram mortes”, sublinha o vice-secretário, Pe. George Kannanthanam.
Por isso, eles explicam, que a equipe conta com psicólogos e agentes sociais. Além das línguas locais, da Índia, os voluntários falam também outros idiomas como o chinês, o espanhol, o francês, o italiano e o inglês. Somente em dois dias, o site recebeu 237 chamadas e mais de 60 mensagens no chat. “Esse é um sinal que as pessoas em quarentena sentem realmente a necessidade de falar com os outros”, finalizou Pe. George.
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