Sem fé em Deus, somos tomados pelo medo, dizem bispos neozelandeses
Cidade do Vaticano
A emergência do Coronavírus chega ao quinto continente: depois da Austrália também a Nova Zelândia, cujo número de contágios na quinta-feira chegou a 28, fecha as fronteiras para estrangeiros.
Em concordância com o que foi estabelecido pelo Governo, a Conferência Episcopal da Nova Zelândia decidiu adotar medidas de precaução para a saúde dos fiéis, comunicadas à população com uma carta publicada no site do Episcopado.
As Missas foram suspensas, e a partir de agora poderão ser seguidas apenas on-line. As igrejas, no entanto, permanecem abertas para a oração individual dos féis, desde que observadas as regras de higiene e a distância mínima de um metro. Funerais, batizados e casamentos são permitidos, mas proibidos encontros que reúnam mais de 500 pessoas.
Todos aqueles que participarem de encontros e reuniões devem ser registrados, de forma a poderem ser localizados em caso de necessidade.
"A principal preocupação da Igreja é o bem-estar público e a segurança de todos os nossos paroquianos, do clero, das famílias, dos amigos, dos funcionários e visitantes", disse o presidente dos bispos da Nova Zelândia e bispo de Auckland, Dom Patrick Dunn, que afirmou ter seguido o exemplo do Papa Francisco na elaboração das medidas.
“O Senhor é o meu pastor, nada me faltará - escrevem os bispos - se o medo atual é um vírus biológico, não devemos esquecer que enfrentamos o medo todos os dias. Como pastores, continuaremos a acompanhar aqueles que se encontram com medo pelas dificuldades que devem enfrentar, como o fim de um relacionamento, a ansiedade financeira, doença terminal e também por quem cuida deles".
"Vivemos em uma época em que parece impossível para a educação, a medicina e a tecnologia nos oferecerem a felicidade que buscamos. Assim, quando nos deparamos com um medo que parece nos dominar – dizem os prelados ao concluírem sua mensagem - percebemos que somos criaturas vulneráveis. Sem a ajuda de Deus, essa vulnerabilidade se torna apenas um problema a ser resolvido, enquanto que, se tivermos fé, entendemos que a realidade da vulnerabilidade humana é um dom que nos abre para amar, dar e receber".
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