A contribuição da Igreja em Guiné Bissau diante da ameaça do Covid-19
Vatican News
Também a Guiné-Bissau tem diante de si o desafio do Covid-19, embora sejam 43 os casos confirmados até 16 de abril.
Como em boa parte da África, os meios no país são limitados, e não obstante os bons profissionais de saúde existentes, uma emergência na saúde superaria sua capacidade de atendimento. Por esse motivo, a prevenção é mais do que vital.
E é nessa frente que a Igreja local (que suspendeu quase todas as suas atividades) está engajada por meio da Caritas e dos missionários presentes no território. Entre eles, os missionários brasileiros da Missão São Paulo VI, comprometidos quer na sensibilização da população sobre os perigos da pandemia, como na informação sobre como evitar o contágio.
Pelo menos uma vez por semana – informa o site da CNBB - os missionários visitam as aldeias (tabancas) nas áreas mais remotas do país para levar produtos de higiene, como sabão e alvejante, e para explicar a importância de lavar bem as mãos.
Embora o idioma oficial do país seja o português, cada comunidade ou grupo étnico tem seu próprio idioma e nem sempre entende o português ou o crioulo. As informações, portanto, foram gravadas em vários idiomas: crioulo, balanta, fula, indiano e árabe, para que todos possam entender.
Esse trabalho de conscientização parece ter alcançado seus objetivos, ainda que não faltem dificuldades práticas relacionadas à escassa disponibilidade de água, que atualmente não é suficiente para cozinhar, saciar a sede do gado e lavar as mãos.
Neste contexto, a Igreja na Guiné já começou a se preparar para o pior. No início de abril, o bispo de Bissau, Dom Camnate Na Bissign, colocou à disposição do Governo as instalações de saúde da Igreja, enquanto a Caritas Guiné - também ela engajada em uma vasta campanha de conscientização nacional por meio da emissora católica Radio Sol Mansi e estruturas paroquiais - prepara-se para distribuir ajuda às famílias mais necessitadas.
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