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Ícone da Mãe de Deus da Ternura nas ruas de Moscou pelo fim da pandemia

A veneração deste ícone de Maria deve-se ao monge Seraphim, no século Próchor Isídorovič Mošnín (1759-1833), que o encontrou na floresta Sarov. O patriarca Kirill pediu aos fiéis para acompanharem a procissão de seus lares, rezando juntos, começando com o Acatisto, o hino do mais sagrado Theotokos, acrescentando uma oração para expulsar o vírus.

Vatican News

Serafim de Sarov, talvez o santo mais amado pelos ortodoxos russos, a chamava de "Alegria de todas as alegrias". Nunca se separava dela. A mantinha em sua cela, invocando-a todos os dias.

Na tarde desta sexta-feira, 3 de abril, às 16 horas, atravessará as ruas de Moscou para que interceda pela libertação do coronavírus. Será o patriarca Kirill a guiar a procissão (reduzida ao mínimo) com o ícone da Mãe de Deus da Ternura, desde a igreja dentro da residência patriarcal até a Catedral da Epifania em Elochovo, onde, às 18 horas, presidirá a Divina Liturgia com a oração à Bem-aventurada Virgem Maria.

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Segundo o Departamento Sinodal para as relações da Igreja com a sociedade e a mídia, Kirill lançou um apelo aos fiéis para seguirem a procissão "permanecendo em seus próprios lares" e rezando juntos, começando com o Acatisto, o hino mais sagrado Theotokos, acrescentando uma oração para expulsar o vírus.

O monge Seraphim, no século Próchor Isídorovič Mošnín (1759-1833), encontrou o ícone de Maria na floresta Sarov e desde então o venerou milagroso. Dizem que na noite anterior à sua morte, foram ouvidos hinos da Páscoa, e na manhã seguinte ele foi encontrado ajoelhado diante do ícone da Mãe de Deus da Ternura, com as mãos cruzadas no peito e os olhos fechados.

Posteriormente, a imagem - uma pintura de 67 x 49 cm feita em uma tela esticada em moldura de cipreste - foi transferida para o convento feminino de Diveevo, tornando-se um importante destino de peregrinação para os fiéis ortodoxos russos desde então.

Já no século XIX, havia quem viajasse centenas de quilômetros para venerar o ícone. Em 1927, o mosteiro de Diveevo foi fechado pelos bolcheviques, mas a imagem foi salva e guardada secretamente por décadas por pessoas piedosas. Isso até junho de 1991, quando o então patriarca de Moscou Alexius II o transferiu para a igreja da residência patriarcal.

Uma vez por ano, por ocasião da festa do Louvor da Bem-Aventurada Virgem Maria (quinto sábado da Grande Quaresma), o ícone da Ternura de São Serafim-Diveevo é levado para o culto universal em direção à Catedral da Epifania, em Elochovo (por décadas igreja patriarcal). E nesta sexta-feira, 3, por um motivo excepcional a mais.

L’Osservatore Romano

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03 abril 2020, 07:48