Covid-19: Arcebispo de Braga experimentou caminhos novos através das tecnologias
Rui Saraiva
Em Portugal, nos próximos dias 30 e 31 de maio, as comunidades cristãs vão retomar as suas celebrações comunitárias. Regressa o contacto presencial após mais de dois meses de confinamento.
Neste período multiplicaram-se as presenças digitais e aceleraram-se processos já anteriormente iniciados. Algumas comunidades e dioceses fizeram deste tempo de emergência uma oportunidade para refletir na ação e questionarem-se seriamente sobre o trabalho que têm desenvolvido: o tipo de comunicação, os canais utilizados, as mensagens, os conteúdos produzidos, os formatos e modos de relação com as pessoas. Quem não o fez ainda vai a tempo.
A este propósito, damos espaço à Arquidiocese de Braga e a D. Jorge Ortiga. O arcebispo de Braga, com os seus 76 anos, fez respirar em pleno o seu ardor pastoral e compreendeu que em tempo de estado de emergência não podia interromper nenhuma das suas atividades programadas. Compreendeu que este era um tempo de especial importância da comunicação e deixou-se guiar pelo seu dinâmico Departamento Diocesano de Comunicação Social.
D. Jorge Ortiga experimentou, assim, caminhos novos através das tecnologias procurando proximidade com padres e leigos. A isto se referiu em recente entrevista à jornalista Lígia Silveira da Agência Ecclesia.
“Vamos aprendendo dia após dia melhorando, aperfeiçoando, tendo esta certeza que aquilo que importa, na minha qualidade de arcebispo, é estar em contacto numa atitude de proximidade com os padres e os leigos” – afirma D. Jorge Ortiga.
“A princípio, nos primeiros dias, custava-me imenso, imaginar que estava sozinho e que não tinha ninguém diante de mim” – diz D. Jorge Ortiga, na entrevista à Agência Ecclesia, recordando as primeiras Eucaristias que celebrou via internet a partir da Capela do Paço Episcopal.
“Nós não partimos do 0” – refere D. Jorge Ortiga que na conversa com a jornalista Lígia Silveira faz uma análise sobre a utilização dos meios digitais pelas estruturas da arquidiocese de Braga e também pelas paróquias.
O arcebispo de Braga considera que ao normal acompanhamento pastoral em “proximidade física”, a Igreja deverá completar esse trabalho com a “proximidade espiritual” que a comunicação digital permite.
D. Jorge Ortiga tem 76 anos e é o bispo que há mais tempo está em funções em Portugal. Em tempo de pandemia, não obstante a idade, quis trilhar novos caminhos de evangelização.
Num livro-entrevista, sobre o arcebispo de Braga, o jornalista Ricardo Perna escreve que D. Jorge “tem sido arquiteto de uma vida em Igreja em busca da unidade”. Lembra ainda que “a sua visão da Igreja e da fé” tem sido vivida “na procura daquilo que melhor serve a Deus”.
Laudetur Iesus Christus
Obrigado por ter lido este artigo. Se quiser se manter atualizado, assine a nossa newsletter clicando aqui e se inscreva no nosso canal do WhatsApp acessando aqui