Apesar da difícil situação, Igreja no Cazaquistão está viva, enfatiza bispo de Astana
Vatican News
O coronavírus chegou também ao Cazaquistão, onde existem mais de 3.000 casos positivos e 25 óbitos. Felizmente, a população reagiu adotando um forte "espírito de solidariedade", afirmou em uma entrevista à Agência católica polonesa KAI o arcebispo metropolitano de Maria Santíssima, em Astana, Dom Tomasz Peta.
Dificuldades da história ensinaram população a ser solidária
"As pessoas deste país estão habituadas a tempos difíceis da história, como nos tempos do stalinismo - observa o prelado. Portanto, a epidemia desperta grande ansiedade social, mas as pessoas se mostram solidárias umas com as outras".
Também no Cazaquistão, como no resto do mundo, há “severas restrições ao deslocamento das pessoas e às atividades de trabalho. Estamos em estado de emergência - sublinha o arcebispo - as cidades estão em quarentena, as escolas e as universidades operam através do ensino à distância, as pessoas se deslocam apenas para necessidades comprovadas". Mas, apesar dessa "situação difícil", "a Igreja Católica no Cazaquistão ainda está viva - reitera o prelado - os fiéis também participam de Missas e outras celebrações por meio da mídia".
Adoração Perpétua
Além disso, o arcebispo Peta enfatiza que "graças à participação dos sacerdotes, religiosos, consagrados e consagradas, a Adoração de 24 horas ao Santíssimo Sacramento nunca foi interrompida".
De fato, a iniciativa tem continuidade na Catedral de Astana dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro desde 14 de abril de 2002, como fruto da visita feita pelo então Papa João Paulo II em 24 de setembro de 2001. “Dezoito anos mais tarde, portanto, continuamos a rezar ininterruptamente diante do Santíssimo Sacramento”, diz com alegria o prelado.
O Cazaquistão
A República do Cazaquistão, é um país transcontinental, localizado na Ásia Central, com uma pequena parte a oeste do rio Ural na Europa. É o maior país sem costa marítima do mundo e o nono maior do planeta; o seu território de 2 727 300 quilômetros quadrados é maior do que a área da Europa Ocidental. O Cazaquistão tem fronteiras com (no sentido horário, a partir do norte) Rússia, China, Quirguistão, Uzbequistão e Turcomenistão, e, ainda, detém uma grande parte litorânea do mar Cáspio. O terreno do país inclui planícies, estepes, taiga, desfiladeiros de rochas, montanhas, deltas, montanhas cobertas de neve e desertos. Com uma estimativa de 17 milhões de habitantes (2013), o Cazaquistão é classificado como o 61º país mais populoso do mundo, embora sua densidade populacional esteja entre as mais baixas, com 6 pessoas por km². A capital cazaque é Nursultan, depois que foi transferida de Almaty, em 1997.
O país foi a última das repúblicas soviéticas a declarar sua independência após a dissolução da União Soviética, em 1991; o presidente era Nursultan Nazarbayev, que foi líder nacional desde que o país era uma república soviética, mas renunciou em março de 2019, devido a diversas manifestações que demonstravam o descontentamento da população contra seu governo. Atualmente, o presidente é o Kassym-Jomart Tokayev, eleito com mais de 70% dos votos dos quase 12 milhões de eleitores cazaquistaneses. O governo desenvolve uma política externa equilibrada e trabalha para desenvolver a sua economia, especialmente a sua indústria de hidrocarbonetos.
O Cazaquistão é povoado por 131 etnias, entre cazaques (que compõem 63% da população), russos, uzbeques, ucranianos, alemães, tártaros e uigures. O islamismo é a religião de cerca de 70% da população, enquanto o cristianismo é praticado por 26% dos habitantes; o país permite a liberdade de religião. O idioma cazaque é a língua oficial, enquanto o russo tem um estatuto oficial igual para todos os níveis administrativos e institucionais.
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