Igreja Católica em Cuba adere ao Dia Mundial de Oração
Vatican News
A Conferência dos Bispos Católicos de Cuba, diante da proposta do Alto Comitê para a Fraternidade Humana e acolhida pelo Papa Francisco, exorta todos os fiéis e crentes a participarem, na quinta-feira, 14 de maio, do Dia Mundial de Oração pela Humanidade, diante da grave crise mundial provocada pela pandemia de Covid-19.
O secretário geral do episcopado cubano e bispo de Pinar del Río, Dom Juan de Dios Hernández Ruiz, informa em comunicado que a Igreja cubana apoia e adere à iniciativa: "Convidamos todas as pessoas, em todo o mundo, a recorrer a Deus pela oração, súplica e obras de caridade, cada indivíduo em seu lugar e de acordo com sua religião, crença ou doutrina, para que Deus elimine essa pandemia, nos ajude a sair dessa aflição, inspire os cientistas a descobrir um medicamento que acabe com ela, salve o mundo das consequências sanitárias, econômicas e humanas da propagação dessa pandemia perigosa".
O Comitê foi criado em setembro de 2019 como uma resposta concreta ao Documento sobre a Fraternidade Humana assinado pelo Papa Francisco e Ahmed al-Tayyeb, Grão Imame de Al-Azhar. Neste sentido, a iniciativa mundial que convida todos os líderes religiosos a dirigirem-se ao Todo-Poderoso a uma só voz para preservar a humanidade, ajudá-la a superar a pandemia e restabelecer a segurança, a estabilidade, a saúde e o desenvolvimento.
A preocupação da Igreja cubana em relação às consequências da pandemia para a população vem sendo reiteradamente manifestada. "Somente Deus protege esse povo", lê-se na pagina facebook da revista Palabra Nueva, da Arquidiocese de Havana, ao referir-se às aglomerações e às enormes filas que milhares de cubanos fazem para obter "nosso pão diário".
Ao convidar a olhar através dos olhos de Jesus, "o autor da esperança", a Igreja convida a dignificar-se por meio de uma fé "libertadora" n’Ele. "A dignidade e liberdade pedem orações em alta voz, pedem respeito e não demagogias”.
Em meados de março, o episcopado suspendeu todas as celebrações públicas nos templos e comunidades católicas da ilha devido à expansão da Covid-19, medida anunciada em conformidade com as "indicações da Santa Sé para as circunstâncias que o mundo está passando.
Embora o governo cubano inicialmente não tenha optado pelo confinamento forçado, mas por implementar algumas medidas preventivas, como a suspensão do transporte público, o fechamento de fronteiras, escolas e shopping centers, as autoridades não puderam evitar aglomerações, nem mesmo com a repressão, porque as dificuldades econômicas impossibilitaram o isolamento social voluntário solicitado pelo governo para impedir a propagação do coronavírus na Ilha. Em Cuba, até agora existem 1.754 casos de contágio por coronavírus e 74 óbitos. (ATD)
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