É preocupante crescimento do antissemitismo, afirma arcebispo holandês
Vatican News
"Vivemos em liberdade há 75 anos, mas não podemos esquecer a enorme dor e o sofrimento causados pelo extermínio de milhões de irmãos e irmãs judeus".
O arcebispo auxiliar de Utrecht e delegado dos bispos holandeses para as relações com as comunidades judaicas, Dom Herman Woorts, enviou nestes dias uma carta à comunidade hebreia para expressar a proximidade da Igreja no ano em que se recorda a libertação do campo de concentração nazista de Auschwitz.
Recordando sua participação no Dia da Memória, em 27 de janeiro passado, o prelado escreveu: “Naquela ocasião, também falaram aqueles que eram crianças em 1945. Ouvi o drama que seus avós já haviam experimentado durante a guerra e a terrível situação em que se encontravam, mesmo sem culpa".
Dom Woorts afirmou que o crescente antissemitismo na Holanda, e de forma geral em toda Europa central, é preocupante. De acordo com o Relatório 2020 do Centro Kantor da Universidade de Tel Aviv, a Europa, com França e Alemanha, e os Estados Unidos, são os países onde mais cresce o antissemitismo.
"Temos a responsabilidade de fazer todo o possível para combater qualquer forma de sentimento anti-semita", acrescentou o prelado, fazendo alusão também ao compromisso do Papa Francisco. O próprio Pontífice, por ocasião do 75º aniversário da libertação do campo de Auschwitz reiterou, ao encontrar uma delegação do Centro Simon Wiesenthal: “Mais uma vez condeno firmemente todas as formas de antissemitismo. Para enfrentar o problema pela raiz, devemos comprometer-nos também a lavrar a terra na qual cresce o ódio e nela semear a paz. Pois é através da integração, da busca e da compreensão dos outros que nos tutelamos mais eficazmente." (DD)
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