Peru. Covid-19: Salesianos ao lado dos últimos com a solidariedade concreta
Cidade do Vaticano
A diminuição ou a interrupção das atividades econômicas e a deterioração das pequenas empresas no Peru após a emergência sanitária global está sendo uma verdadeira tragédia: “durante este período de quarentena muitas famílias foram obrigadas a utilizar suas parcas economias e a gastá-las inteiramente. Muitas pessoas necessitadas nos procuram para pedir ajuda”.
É o que afirma padre Humberto Chávez, da Congregação dos Salesianos, em Lima – capital peruana, falando à agência missionária Fides sobre a crise gerada pela Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus que está jogando milhões de pessoas em todo o país andino numa situação de pobreza e miséria.
Nove milhões de pessoas em condições de vulnerabilidade
Segundo o departamento nacional dos processos eleitorais, há no Peru cerca de nove milhões de pessoas que vivem em condições de vulnerabilidade e precisam de um apoio econômico.
Os Salesianos se organizaram para ajudar materialmente os indigentes, que não têm nem mesmo o mínimo para sobreviver:
“Já durante as primeiras semanas de quarentena, para prover às necessidades alimentares nos vários centros de acolhimento e às outras necessidades que apareceram, organizamos imediatamente grupos de emergência para ajudar os mais humildes e marginalizados que se encontram nas áreas esquecidas. Em Magdalena del mar, um bairro de Lima, por exemplo, continuamos dando assistência a mais de cem jovens venezuelanos.”
Campanha “Eu sou Solidário”, promovida pelos Salesianos
Para satisfazer a um crescente pedido de assistência, a Fundação Dom Bosco criou a campanha “Eu sou Solidário”: “O objetivo é ajudar os núcleos familiares mais vulneráveis, os trabalhadores em condições precárias, os migrantes, os anciãos abandonados e as mulheres que sustentam seus filhos sozinhas”, observa o religioso salesiano.
Organizações como Caritas, o Banco Alimentar do Peru e empresas com Cineplanet aderiram a esta campanha doando uma grande variedade de gêneros alimentícios. Duas toneladas de alimento foram levadas para o assentamento suburbano de “Santa Rosa”, na periferia norte de Lima, em benefício de 200 famílias. Foram contemplados também outros principais distritos da capital onde há muita pobreza.
Um convite à solidariedade
“Até agora conseguimos reabastecer de bens de primeira necessidade também as populações residentes em San Juan de Lurigancho, Chosica, Breña, e Callao – explica Pe. Chávez. Na província conseguimos chegar aos assentamentos de periferia na cidade de Piura.”
“No delicado momento em que estamos atravessando há gestos de solidariedade dispostos a doar-se pelo bem dos outros: não nos fechemos em casa com desconforto e preocupação, mas pensemos – dentro das nossas possibilidades – em continuar ajudando aqueles que vivem numa condição difícil, de mal-estar, no sofrimento”, conclui Pe. Chávez.
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