Pandemia pode levar a maior solidariedade intra-eclesial, diz bispo do Togo
Vatican News
Uma maior solidariedade intra-eclesial poderá ser um dos efeitos “positivos” da pandemia de coronavírus. Pelo menos é o desejo do bispo de Kpalimé e presidente da Conferência Episcopal do Togo, Dom Benoît Alowonou, expresso na entrevista à agência de imprensa da Recowa-Cerao.
Os impactos negativos da pandemia
O prelado falou dos impactos negativos das medidas tomadas para conter o contágio na vida da Igreja togolesa, mas não só. “O fechamento das igrejas criou um sentimento de isolamento entre os cristãos. A vida da Igreja é comunitária e não se pode fazer tudo em casa", disse ele.
Outro impacto negativo particularmente sentido - acrescenta - diz respeito à organização dos funerais: "O sepultamento sem a presença de familiares ou amigos é motivo de grande frustração e tristeza".
Também as celebrações da Semana Santa a portas fechadas criaram desconforto, mas, diante disso, a emergência também teve efeitos positivos na vida de fé, como por exemplo, “a redescoberta da oração pessoal e familiar nos permitiu viver a graça da Igreja doméstica e permite vislumbrar outras maneiras de ser Igreja à espera de tempos melhores", afirma o arcebispo Alowonou.
Solidariedade intra-eclesial
O bispo de Kpalimé expressou então o desejo de que a experiência da crise também possa servir como estímulo na busca de soluções para as dificuldades financeiras das dioceses togolesas. Problemas não novos, mas agravados pela pandemia.
Uma hipótese já em estudo pela Diocese de Kpalimé é a abertura de estruturas de acolhida nas paróquias para obter novas receitas. Segundo o prelado, no entanto, uma importante contribuição para superar essas dificuldades econômicas viria de uma maior solidariedade intra-eclesial.
“A solidariedade é um ato comum e recíproco de todos os membros do corpo eclesial. Nesse sentido - sublinha - a pandemia, que atingiu a Igreja em todos os níveis do Togo, pode estimular a exploração do caminho da solidariedade inclusiva".
O Togo
O Togo, oficialmente República Togolesa, é um país africano, limitado a norte por Burkina Faso, a leste pelo Benim, a sul pelo oceano Atlântico e a oeste por Gana. Localizado no oeste da África, Togo é constituído por um estreito território que reúne povos de diferentes origens. O grupo étnico euê, o mais numeroso (45,4% da população), concentra-se no sul, perto do litoral, a região mais desenvolvida.
O Togo é uma nação subsaariana tropical, cuja economia depende muito da agricultura, com um clima que proporciona boas estações de crescimento. A maioria dos habitantes vive da agricultura, cujos principais produtos são o algodão e a cana-de-açúcar. O país é um importante centro de comércio regional graças ao porto de sua capital, Lomé. Assim como muitos de seus vizinhos, é um dos países mais pobres do mundo. Cerca de 38,7% da população vive abaixo da linha de pobreza internacional, vivendo com menos de US$ 1,25 por dia. Outros 69,3% dos habitantes do país vivem com menos de US$ 2 por dia. O Togo é habitado por 7,965 milhões de habitantes, de acordo com dados de 2017 da CIA.
Enquanto a língua oficial é o francês, muitas outras línguas são faladas no país, particularmente as de origem Gbe. O maior grupo religioso no Togo consiste naqueles com crenças nativas, e há significativas minorias cristãs e muçulmanas. O Togo é membro das Nações Unidas (ONU), da União Africana, da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZPCAS), da Francofonia e da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental.
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