Decisão da Suprema Corte sobre "dreamers" bem recebida pelos bispos estadunidenses
Vatican News
Não existem justificativas adequadas para o fim ao programa “Deferred Action for Childhood Arrivals” (DACA). Com este parecer, a Suprema Corte dos Estados Unidos impediu a administração do presidente Trump de encerrar o programa instituído em 2012 pela administração Obama.
O Daca permite aos imigrantes irregulares chegados aos Estados Unidos quando crianças, acompanhando seus pais, não serem expulsos do país, além de terem permissão para trabalhar.
A decisão do Supremo Tribunal foi muito bem acolhida pela Conferência Episcopal local (USCCB), que em uma nota, de fato, recorda que "o programa Daca permitiu a cerca de 800 mil jovens - que pagaram uma taxa e passaram por um controle de seus antecedentes - trabalhar legalmente, ter acesso a oportunidades educacionais e não temer a expulsão”.
"Os beneficiários do Daca – lê-se na mensagem - contribuem em média para a economia dos Estados Unidos com mais de 42 bilhões de dólares por ano".
Dirigindo-se, então, diretamente aos jovens, os prelados afirmam: “Vocês são uma parte vital de nossa Igreja e de nossa comunidade de fé. Nós estamos com vocês".
Ao mesmo tempo, a USCC pede ao presidente Trump para "reconsiderar fortemente" sua ideia de encerrar o programa, porque "as comunidades de imigrantes estão sofrendo muito neste momento com a pandemia de Covid-19" e a ideia de uma interrupção do Dava provoca “ulteriores desnecessárias ansiedades e caos” em muitas famílias.
Nestes "tempos de incertezas - é a advertência dos prelados – recordemo-nos dos ensinamentos do Evangelho, que nos encorajam a sermos abertos e acolhedores aos necessitados: neste momento, devemos demonstrar compaixão e misericórdia pelos mais vulneráveis".
A Igreja Católica dos EUA "encoraja fortemente os senadores a aprovarem imediatamente a legislação que dê a cidadania aos chamados ‘dreamers’ [ndr - imigrantes irregulares que chegaram nos EUA quando crianças]", porque "uma disposição legislativa permanente e imparcial, que coloque a dignidade humana e o futuro das pessoas em primeiro lugar, é há muito esperada”.
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