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A família não é uma Igreja de "segunda classe" A família não é uma Igreja de "segunda classe"

Irlanda. Dom Leahy: a pandemia nos ensinou que família é Igreja

“Não importa que não exista uma família perfeita, a família é ainda um lugar sagrado onde o amor floresce mais do que em qualquer outro lugar. É também o lugar onde Jesus está presente através do amor que temos um pelo outro”, afirma dom Leahy. Seria uma pena esquecer a mensagem que recebemos neste tempo de pandemia, “a família é a prioridade”, reitera o bispo, precisando que “a família não é um substituto da Igreja, mas é o centro da Igreja”

Vatican News

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A difícil experiência do isolamento social por causa da pandemia da Covid-19 “nos ensinou que a família é Igreja”. Com essas palavras, o bispo de Limerick, na Irlanda, dom Brendan Leahy, transmite o ensinamento positivo aprendido destes meses de isolamento que “mais do que nunca transformaram nossos pensamentos dirigindo-os aos nossos entes queridos”.

A família é ainda um lugar sagrado onde o amor floresce

Publicada no site do Episcopado, esta espécie de balanço sobre a vida dos últimos meses foi feita pelo prelado durante a Missa dominical (14/06) por ocasião da festa de Corpus Christi, celebrada na Catedral de São João, precisando que “a família não é um substituto da Igreja, mas é o centro da Igreja”.

“Não importa que não exista uma família perfeita, a família é ainda um lugar sagrado onde o amor floresce mais do que em qualquer outro lugar. É também o lugar onde Jesus está presente através do amor que temos um pelo outro”, afirmou.

Não é uma Igreja de “segunda classe”

“Agora que começamos a voltar à normalidade, embora uma normalidade nova, que inclui a retomada da celebração pública dos Sacramentos, seria uma pena se esquecêssemos a mensagem que recebemos neste tempo, a família é a prioridade”, continuou dom Brendan.

“Não é uma Igreja de ‘segunda classe’, não estamos dizendo que a família é igreja porque os templos estão fechados, mas a família é igreja sempre. Procuremos verdadeiramente recordar isso”, exortou.

Um período difícil para muitas famílias

Todavia, o bispo de Limerick não nega o que o período que acaba de ser transcorrido foi também difícil para muitas famílias: “Durante a crise não foi fácil – reconheceu –, mas a maior parte das famílias fez esforços enormes para que as coisas caminhassem da melhor forma possível”.

“Houve uma separação muito difícil: os pais idosos separados de seus filhos e filhas, de seus netos e dos irmãos e irmãs, até mesmo um do outro. Este fato, que já seria difícil nos momentos melhores, torna-se terrível nos momentos piores, com esta separação que em alguns casos se verifica enquanto alguns dão o último respiro numa condição de isolamento desesperado, a não ser a companhia solícita dos profissionais de saúde na linha de frente. Essas são, ao invés, as piores recordações que carregaremos conosco da pandemia da Covid-19.”

Um encorajamento aos idosos

Falando sobre a redução das restrições, o bispo disse que mesmo caminhando rumo à normalidade, o conselho permanece sendo o de ficar em casa, quando possível:

“Gostaria de oferecer uma palavra de encorajamento àqueles que têm mais de 70 anos e algum problema pregresso de saúde. Também para eles não foi fácil; é um bem que haja uma diminuição das restrições, para os anciãos, que podem voltar a receber visitas em casa, mesmo que limitado a não mais que seis pessoas de cada vez.”

Preparação e Primeira Comunhão em pequenos grupos

Por fim, o bispo irlandês agradeceu também a todas as famílias da diocese que inscreveram seus filhos no catecismo para a Primeira Comunhão:

“Será preciso um pouco de tempo para entender quando poderemos fazer as Primeiras Comunhões. Não creio que seja antes da metade de agosto, se não for em setembro. Ademais, será em pequenos grupos. Mas o importante é que as crianças sejam inscritas e possam finalmente receber Jesus”, concluiu.

Vatican News – RB/RL

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17 junho 2020, 13:22