Sacerdócio, “uma vocação que é muito mais do que mera escolha profissional”
Domingos Pinto -Lisboa
“Caros ordinandos: É desta tradição viva que sereis especiais transmissores, guardando o depósito que vos é confiado, como Paulo exortou o seu discípulo Timóteo (cf. 1 Tm 6, 20). Para que na vossa própria conduta e pregação, na resposta que dareis a tanto brado, ressalte sempre e em tudo o nome de Jesus, a verdade do Evangelho e o fulgor da caridade mais atenta”.
Palavras de estímulo e compromisso lançadas domingo, 28 de junho, no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, por D. Manuel Clemente na homilia da missa de ordenação de cinco novos sacerdotes, três do Seminário dos Olivais e dois do Seminário Redemptoris Mater.
“O que aqui nos traz é Cristo, como resposta de Deus ao mundo. Resposta cabal ao que o mundo mais profundamente anseia e redenção absoluta de quanto o impede”, sublinhou D. Manuel Clemente nesta celebração, vigília dos apóstolos Pedro e Paulo.
O Patriarca de Lisboa realçou o sentido da “opção preferencial pelos pobres ou o celibato por amor do Reino dos Céus” que “ assinalam o que vai além “da carne e do sangue” e que exige “conversão permanente”, um “grande serviço da Igreja ao mundo, para que este não se encerre em si mesmo” e “se converta na matéria do Reino e todo o bem se eternize, naquele amor que nunca acabará”.
“Com São Paulo, não vos ficareis pelo modo mundano de considerar as coisas. O horizonte que se abriu na estrada de Damasco, há de rasgar-se também nas que trilhareis agora”, sublimou o prelado que entende que a vocação sacerdotal “é muito mais do que mera escolha profissional.”
Partindo das leituras desta solenidade litúrgica, D. Manuel Clemente lembrou que “não faltam tolhimentos hoje em dia, impedindo de andar perfeitamente. Limitações físicas, nalguns casos, que pedem resposta clínica competente. Mas outras se acrescentam, de ordem educativa e cultural, quando alguma ideologia ou preconceito contrariam a formação e o crescimento num quadro geral de valores humanizantes”.
“Valores como os que incluem o respeito pela vida, concebida ou fragilizada que esteja, a complementaridade essencial homem – mulher, a igual dignidade de todos, ou a abertura à religião transcendente. Omitir ou contrariar tais valores deforma e entorpece qualquer um e desde muito cedo infelizmente”, alertou o Patriarca de Lisboa.
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