Índia. Cardeal Alencherry exorta leigos a reforçar economia do país
Vatican News
“A experiência da pandemia convida todos a um estilo de vida de simplicidade, peculiaridade incontestável para um renovamento espiritual”, escreve o arcebispo-mor de Ernakulam-Angamaly e guia da Igreja de rito siro-malabar na Índia, cardeal George Alencherry, na Carta pastoral publicada por ocasião da festa de São Tomé Apóstolo, celebrada em 3 de julho.
São Tomé, considerado evangelizador da Índia
Considera-se que o Santo tenha introduzido o cristianismo na Índia no primeiro século e a Igreja católica siro-malabar – Igreja Católica Oriental sui iuris em comunhão com as Igrejas Católicas – observa a festividade como Sabha Dinam (Dia da Igreja).
“Para enfrentar a iminente ameaça da crise alimentar, deve-se utilizar cada centímetro de terra agricultável – exorta o cardeal Alencherry. Também o clero deve participar dessa iniciativa. As indústrias em pequena escala devem ser reforçadas.”
Mudar estilos de vida para enfrentar desafios pós-Covid
O documento evidencia a importância das várias atividades que os católicos poderiam empreender e as mudanças a serem feitas em seu estilo de vida para enfrentar os desafios pós-Covid, e convida sacerdotes e leigos a deixar de lado atitudes e práticas que dificultam uma vida cristã fecunda.
A Carta pastoral do cardeal será lida no domingo (05/07) em todas as paróquias que podem celebrar a missa, segundo as linhas-guia do governo.
Paralisação comportou para muitos a perda do trabalho
Como consequência da longa paralisação, imposta desde 25 de março, para conter a difusão da Covid-19, muitos perderam o trabalho, as produções foram interrompidas. Tudo isso repercutiu gravemente na economia do país.
Em Telangana, estado situado no sul da Índia, centenas de professores perderam o trabalho por causa da pandemia e agora se arranjam com trabalhos manuais. É o caso de Satyanarayana, especializado em literatura, que ensinava numa escola local e agora começou a trabalhar como diarista.
Desemprego agrava crise social no país
Ele mesmo declarou que mesmo recebendo um salário irrisório como professor, tinha uma nobre profissão respeitada na sociedade e que se continuasse procurando trabalho segundo sua qualificação, morreria de fome.
A situação de Satyanarayana reflete a de muitos como Zaheer Ahmed Sheik, 40 anos. Sheik trabalhava como professor de hindi (língua originária do sânscrito, ndr), mas agora é obrigado a carregar e descarregar botijões de gás num depósito.
(Fides)
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