Guatemala. Nota dos bispos em defesa da vida e dignidade humanas
Vatican News
Há um ar de tensão na Guatemala, onde o procurador-geral para os direitos humanos, Jordán Rodas Andrade, foi recentemente contestado por alguns membros da Comissão para os direitos humanos do Congresso da República.
No centro do debate está o uso, da parte de Rodas Andrade, da bandeira que simboliza o movimento Lgbt nas redes sociais oficiais do Ministério Público e a promoção dele da legalização do aborto no país.
Igreja permanece firme na defesa da vida humana
Por esta razão, o Conselho permanente da Conferência episcopal (Ceg) emitiu uma nota reafirmando que “a Igreja permanece firme na defesa da vida humana desde a concepção até a morte natural” e no reconhecimento do fato de que “Deus criou os seres humanos como homem e mulher”, do qual derivam “regras claras sobre o significado da palavra 'matrimônio' e sobre aqueles que podem contraí-lo”.
Não se trata de uma posição meramente católica, enfatizam os bispos, mas baseada na “ciência, genética e biologia que permitem mostrar a identidade humana do embrião desde as primeiras etapas de sua existência e fundamentam a diferenciação sexual à composição genética de todas as células do corpo”.
Igreja aprecia o que o procurador geral tem feito de bom
Por esta razão, o Conselho permanente da Conferência episcopal “deplora e expressa sua absoluta discordância e rejeição das declarações e propostas do procurador geral para os direitos humanos, porque vão numa direção muito contrária não só à Igreja, mas também à lei natural”.
“A posição da Igreja é firme na defesa da vida e da dignidade humana”, reitera a nota. Ao mesmo tempo, os bispos guatemaltecos manifestam apreço pelo que Rodas Andrade tem feito “em defesa dos migrantes, das mulheres vítimas de violência, na proteção dos menores forçados a trabalhar e na denúncia da corrupção”.
Organizações da Igreja católica não se deixem manipular
Nesta ótica, os prelados esperam que “o procurador geral leve em conta” a posição da Igreja e que “os jogos políticos feitos por vários setores não influenciem negativamente essa parte do trabalho que ele realizou de forma louvável”.
O Conselho permanente da Conferência episcopal faz uma recomendação “às várias organizações da Igreja católica que trabalham em favor da vida, a fim de que não se deixem manipular por grupos políticos cujo interesse em defender a vida pode esconder outros interesses, muitas vezes claramente imorais”.
Vatican News Service - IP/RL
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