Não devemos tratar os pobres como se fossem um obstáculo para a sociedade, diz dom Machado. (foto de arquivo) Não devemos tratar os pobres como se fossem um obstáculo para a sociedade, diz dom Machado. (foto de arquivo)

Índia. Dom Machado exorta Igreja e leigos a não esquecerem os pobres

“Não devemos tratar os pobres como se não fossem pessoas, como insignificantes e sem direitos e como um obstáculo para a sociedade”, afirma dom Felix Machado. O arcebispo enfatiza que “por causa da globalização, milhões de pobres são consideradas objetos inúteis e são usados e jogados fora pelo sistema econômico”, e a propósito reitera o que o Papa São João Paulo II e o Papa Francisco disseram, ou seja, que a dívida externa deve ser eliminada

Vatican News

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Em 16 de agosto, a União Católica de toda a Índia (All India Catholic Union – AICU), a mais antiga organização de católicos leigos da Ásia, juntamente com os bispos indianos, em sua assembleia geral anual, um webinar em Mumbai – relata a UCA New –, exortou os membros da Igreja a ser solidários com os pobres, que durante a pandemia da Covid-19 têm sido ainda mais marginalizados.

O encontro foi aberto pelo arcebispo de Vasai e secretário geral da Conferência Episcopal da Índia (CBCI), dom Felix Machado. “Não devemos tratar os pobres como se não fossem pessoas, como insignificantes e sem direitos e como um obstáculo para a sociedade”, disse dom Machado, acrescentando: “Devemos entender a situação deles e tratá-los com justiça”.

Sistema econômico usa e joga fora milhões de pobres

Em seguida, o prelado enfatizou que “por causa da globalização, milhões de pobres são consideradas objetos inúteis e são usados e jogados fora pelo sistema econômico”, e reiterou o que o Papa São João Paulo II e o Papa Francisco disseram a respeito, ou seja, que a dívida externa deve ser eliminada.

“Todos os cidadãos indianos diante de Deus são iguais a nós em dignidade; e como católicos, todas as pessoas no mundo são iguais a nós em dignidade”, continuou o arcebispo.

Erosão dos direitos civis durante emergência pandêmica

A presidente da União Católica de toda a Índia, Lancy D'Cunha, disse à UCA News, em 18 de agosto, que durante o encontro se discutiu a perseguição cristã, a nova política nacional de educação (PNE) – muito criticada tanto pela Conferência Episcopal da Índia quanto pela União Católica de toda a Índia – e a erosão dos direitos civis durante o período de isolamento devido à propagação da pandemia do coronavírus.

Outras questões abordadas incluem mudanças nas normas ambientais e a necessidade de uma resposta unitária à pandemia por parte da Conferência Episcopal da Índia e da União Católica de toda a Índia.

Colaborar com sociedade civil e pessoas de todos os credos

 

“Devemos colaborar não somente com outras denominações cristãs, mas também com a sociedade civil e pessoas de todos os credos”, afirmou D'Cunha.

A União Católica de toda a Índia, uma organização leiga reconhecida pelo Conferência episcopal local, foi fundada no sul da Índia em 1919 em Madras, atual Chennai, e representa quase 16 milhões de católicos indianos.

Vatican News Service – AP/RL

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20 agosto 2020, 08:05